Equilíbrio entre sabor e estética no restaurante Quê-Bê, em Coimbra

Beringela grelhada barbecue. (Fotografia de Maria João Gala/Global Imagens)
Nas imediações do Portugal dos Pequenitos, em Coimbra, nasceu um restaurante de cozinha portuguesa, com influências europeias, que procura surpreender. É o Quê-Bê, onde se pode assistir a um eclipse de chocolate.

Paula Mendes tem formação jurídica e trabalhou durante anos na área, até que, cansada de formalidades, decidiu mudar de vida. Como lhe agradava a restauração e a ideia de interagir com clientes diferentes a cada dia, num negócio próprio, foi nisso que se concentrou. A pandemia atrasou o arranque, mas também lhe deu tempo para aclarar ideias e aprender sobre matérias como o controlo de custos, porque a parte criativa, da cozinha, entregou logo a um chef (atualmente, é Tiago Azeiteiro). Em agosto passado, abria então, em Coimbra, o Quê-Bê Restaurante Bar, cujo nome remete para um conceito culinário que significa na medida certa, nem menos, nem mais, “o ponto necessário de equilíbrio”.

O espaço fica nas imediações do Portugal dos Pequenitos.
(Fotografia de Maria João Gala/GI)

O objetivo era ter um espaço não muito grande, com uma imagem “limpa, descomprometida e despretensiosa, mas, ao mesmo tempo, com alguma elegância”, explica Paula sobre o projeto que a ocupa por inteiro e envolve também a sua irmã, Sofia Mendes. O resultado está à vista naquele restaurante da Avenida João das Regras, perto do Portugal dos Pequenitos – há, aliás, pratos infantis na ementa, que tem por base as cozinhas portuguesa e europeia. Trata-se, essencialmente, de comida portuguesa com toques de modernidade e atenção ao empratamento, descreve; sendo que a influência europeia transparece em algumas técnicas usadas e nas guarnições, diferentes das habituais por cá.

O prato de coelho.
(Fotografia de Maria João Gala/GI)

O prato que Paula considera ser a imagem de marca da casa, neste momento, é o coelho Quê-Bê, porque propõe uma forma diferente de comer coelho, a seu ver, “surpreendente”. A carne é estufada, desfiada, panada em farinha de milho e pão ralado e frita, para ser servida, depois, numa cama de cogumelos trufados, uma “explosão de sabores e texturas”. Às sugestões de carne juntam-se outras, de peixe e vegetarianas, tanto nas entradas como nos pratos principais. A apresentação cuidada estende-se às sobremesas, do folhado de mascarpone e morango ao eclipse de chocolate – uma espécie de cúpula que é preciso partir e tem dentro gelado de laranja e manjericão, bolo esponja de noz e crumble de canela.

O folhado de mascarpone e morango.
(Fotografia de Maria João Gala/GI)

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