Pelo dois pisos do novo inquilino da Doca de Santo Amaro, em Alcântara, dominam as tradicionais lanternas chinesas de cor vermelha, folhas de jornal a forrar partes das paredes, mesas redondas que giram ao centro, bancos altos, cozinha aberta onde não faltam cestos de bambu e especiarias locais, caracteres em cores garridas e luzes neón, sem esquecer os animais do zodíaco chinês pintados pelas paredes, entre os quais o atual tigre.
Chama-se Golden Vista – Street Food & Karaoke, e tal como o nome indica, é o novo restaurante que junta debaixo do mesmo teto a comida de rua chinesa e o karaoke, recriando o ambiente descontraído e vibrante de um tradicional mercado de rua em Pequim ou noutros locais além-capital, pelas mãos da dupla Louis Bayle e Paul Cukierman, ligados a outros espaços de restauração e apaixonados pela cultura chinesa, tendo vivido neste país durante alguns anos.
De frente para o rio Tejo e a Ponte 25 de Abril, provam-se clássicos da cozinha chinesa, com várias apostas a vapor, mas também em salteados e petiscos ora gulosos, ora mais leves, que podem ser pedidas sem pressas nem preocupações de horários, já que a cozinha não fecha entre almoço e jantar. Ao leme da carta está André dos Santos, chef almadense que já passou por moradas como o açoriano Santa Bárbara Eco Beach Resort (quatro estrelas em São Miguel) ou pelo Spices (um dos restaurantes do Penha Longa Resort, em Sintra).
Nas entradas, opta-se entre panquecas de cebolinho (5€), salada fria de algas (8€), sopa de tomate e ovo (5€), asas de frango glaceadas (10€) óstias de camarão e os clássicos spring rolls (7€, três peças). Seguem-se depois as propostas a vapor, com os dim sum (dumplings e baozi de frango, porco, vegetarianos ou camarão) e com as variedades de bao (bife, camarão, tofu, pato e porco, 7€ por duas peças). Os noodles e arrozes fritos também fazem parte da carta, tal como o frango agridoce (12€) e o char siu de porco (12€), mas os amantes do picante têm à escolha o camarão picante (14€) e o bife Sichuan (14€), por exemplo.
Para a despedida, há tiramisu de matcha, arroz de manga e gelados caseiros, até porque nesta casa tudo se faz de raiz, à exceção dos dim sum, por enquanto. A acompanhar, alguns dos destaques da carta de bebidas vai para as 17 referências vínicas, as cervejas chinesas, destilados e cocktails clássicos e de autor, como mojitos de líchias e uma reinterpretação oriental do Moscow Mule, entre outros.
É no piso de cima que se encontra o palco do karaoke, que qualquer pessoa pode usar a partir do final de tarde e noite fora, depois de consultar a playlist com milhares de temas, através de um QR-Code. Quem quiser dar uso às cordas vocais em grupo, existe uma sala privada que pode ser alugada, albergando até 12 pessoas durante um mínimo de duas horas, a partir dos 50 euros.
Longitude : -8.2245