Quando o Ajitama Ramen Bistro abriu portas em Lisboa, há três anos, tornou-se numa das novidades gastronómicas mais concorridas da cidade. Antes disso, o nome já vinha a crescer entre os amantes da cozinha nipónica, com a criação de um supper club feito aos sábados na casa de António Carvalhão, que lidera o projeto com João Ferreira, e que se tornou de tal forma popular que chegou a ter uma fila de espera de quase duas mil pessoas, obrigando a dupla de aficionados pelo ramen a ganhar um espaço próprio.
Situado a meio caminho entre o Marquês de Pombal e Picoas, na Avenida Duque de Loulé, o Ajitama renovou-se entretanto, crescendo em capacidade e ganhando uma esplanada. Agora, a chegada dos meses mais quentes traz mais novidades à casa focada ao caldo japonês que se popularizou por esse mundo fora. E se muitos o associam aos dias mais frios, como proposta de aconchego, com os seus caldos ricos, a verdade é que também se comem no Japão na época de calor, mas frios.
O hiyashi chuka, à base de noodles frios com camarão salteado, frango, ometele, pepino, tomate e ovo. (Fotografias: DR)
O ramen frio junta duas combinações de caldo, de galinha e dashi
Natsu Matsuri é o nome da carta de verão do Ajitama Ramen Bistro, em alusão aos tradicionais festivais que decorrem pelo país do sol nascente no verão, também estes uma celebração de um quotidiano mais leve, alegre e soalheiro. Nas entradas, surgem agora duas novidades: o cheritomato wadashi (4,20€), à base de tomate fresco envolto em caldeta japonesa marítima; e o tataki kyuri (3,50€), uma salada de pepino esmagado, acompanhado de um molho condimentado.
Os caldos frios, claro está, reforçam a nova carta veranil, a começar pelo cold shoyu ramen (13,20€), à base da combinação de dois caldos, o de galinha e o de dashi, que vem servido com peito de frango marinado e fatiado, cebolo, bambu e rodela de limão. Já o hiyashi chuka (13,90€) é ideal para os amantes de noodles, aqui frios, combinados com camarão salteado, frango marinado, ometele cortada de forma fina, pepino, tomate e ovo. Este prato é servido em duas versões, a normal e a picante. No caso da última, juntam-se à equação pimentos vermelhos e um molho feito à base de sementes de sésamo e ra-yu, um picante caseiro.
A salada que reforça a carta de verão.
O cheritomato wadashi é uma das novas entradas.
A shabu-shabu salad (14€) é a salada que reforça a carta de verão, juntando vegetais frescos, carne bovina cortada de forma fina e molho com notas de sésamo e soja. E se as despedidas ficam marcadas com o refrescante gelado artesanal de wasabi com hortelã (4,50€), nas bebidas também há reforços, como é o caso do shenlong gin (8€), um cocktail de autor que inclui gin, maracujá, bitter e clara de ovo. As propostas clássicas da casa, apesar de tudo, continuam presentes na carta fixa, como acontece com as gyozas do Ajitama – de frango ou vegetarianas – num híbrido entre as versões fritas e a vapor; ou com os ramen habituais da casa, com o shio, o tonkotsu, o veggie e o miso.
O apuramento dos caldos e a aproximação às técnicas e aos sabores genuínos do Japão continuam a ser os pilares da casa. Para se certificarem disso mesmo, a dupla de responsáveis – autodidatas confessos até então – rumou ao Japão durante a pausa entre o supper club e a abertura do restaurante, tendo-se formado num curso intensivo numa das melhores escolas nipónicas, a Rajuku, com o sensei Takeshi Koitani. “De lá, trouxemos a certeza do que 90% do que faziamos no supper club estava certo”, explicou António, quando abriu o Ajitama.
O restaurante abriu há três anos.
