Fazer uma ementa nova de quinze em quinze dias foi uma espécie de resolução de Ano Novo que a equipa da C’usina, no Centro Empresarial da Lionesa, em Leça do Balio, pôs em prática logo em janeiro. Quinzenalmente, mudam os pratos e mudam os vinhos.
Como o restaurante tem muitos clientes regulares, no entender do chef Emanuel Silva, a carta anterior esgotava-se depressa. Já o modelo atual introduz diversidade e é «um desafio enorme». Procura-se alterar a proteína, trabalhar com carnes e peixes diferentes e jogar com vários cortes e confeções. Mesmo o ovo cozido a baixa temperatura, que se tem mantido como entrada, vai conhecendo múltiplas guarnições, sendo as mais recentes ervilhas e enchidos.
Emanuel Silva, que cresceu no restaurante de cozinha tradicional dos pais, em Moimenta da Beira, junta a essa base alguma contemporaneidade e requinte. Na C’usina prepara pratos como tentáculo de polvo com batata a murro e couve braseada – ao lado da mulher, a chefe de pastelaria Cláudia Rodrigues, responsável por sobremesas como a cappuccino (pannacotta de café com gelado de baunilha e crumble).
Claro que, sendo o menu camaleónico, numa próxima visita, aquelas propostas já deverão ter dado lugar a outras, a não ser que voltem à carta na secção de pratos revisitados projetada para breve. O restaurante, que abriu há quase dois anos com um figurino mais formal, agora tem menus com preços fixos (opção vegetariana incluída) e um ambiente tranquilo que tanto se presta a um encontro intimista como a um almoço de trabalho – e, como lembra o diretor de operações, Diogo Martins, «cada vez mais os grandes negócios são feitos à mesa».
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.