Chocolate, manga, stracciatella, menta e pastilha, esta última de um azul intenso, muito do agrado das crianças, são alguns dos sabores que recheiam a montra da Saborini, em Aveiro. É de manhã, e só falta preencher o espaço reservado ao sabor do dia, que, no caso, é cremino de coco. Ele logo chega, com apresentação esmerada – as diferentes camadas ficam bem visíveis, quando se pede uma bola daquele gelado de fabrico próprio, servido em copo, cone ou conjugado com outras propostas. Afinal, a casa também prepara crepes, waffles, panquecas, batidos ou taças de gelado de aparência exuberante. Há, inclusive, várias sugestões predefinidas, para facilitar a escolha.
Vítor Soares, que às seis da manhã já anda por ali a preparar os seus gelados artesanais, à moda italiana, começa por comparar o cremino a uma tarte, e depois dá-nos a provar esse gelado que leva chocolate branco, crocante de amêndoa tostada e Nutella por cima. Cremino é algo que costuma ir fazendo com sabores variados: se hoje é de coco, amanhã pode ser de pistacho ou frutos do bosque, exemplifica ele, que gosta de usar frutos naturais nas suas criações, pensadas para agradar também aos olhos.
O responsável pela Saborini faz gelados há mais de 15 anos e já teve gelatarias em Espinho e no Funchal, na ilha da Madeira. Mais recentemente, decidiu mudar de ares, sem se afastar muito do mar, e ir até Aveiro. A casa abriu em maio do ano passado, com esplanada à vista de quem passa e um discreto pátio nas traseiras.
O sabor que se vai num ápice
Morango, baunilha e chocolate são os sabores clássicos da gelataria, aos quais Vítor Soares acrescenta outro: frutos do bosque. “É aquele gelado que, se eu tiver na vitrina, até ao fim do dia desaparece”, observa. E, em regra, ele lá está, a espreitar de entre uma diversidade de sugestões, que vão mudando. Todos os dias há na montra algo que não se encontrava lá no dia anterior, assegura.
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