Francisco Batista é natural do Baixo Mondego. Cresceu junto ao rio, a acompanhar a subida da lampreia, que faz as delícias de uns e é repudiada por outros. Ora, o dono do restaurante Aeminium, junto ao Largo da Portagem, em Coimbra, faz parte do primeiro grupo. E foi para tentar cativar os mais jovens, que tradicionalmente se afastavam daquele ciclóstomo de sabor muito próprio, que, há 12 anos, decidiu fazer pratos diferentes dos habituais arroz de lampreia e lampreia à Bordalesa.
Assim nasceram propostas como a piza de lampreia, o hambúrguer de lampreia ou a lampreia assada na brasa. Não satisfeito, Francisco foi abrindo o leque, até chegar às atuais 20 maneiras de saborear esse ciclóstomo. Na sua época, o Aeminium serve paté, pão, alheira e outros enchidos, sopa, almôndegas, tudo com a lampreia como protagonista. Há até versões salgadas de dois doces de Tentúgal: os pastéis e as queijadas. Um prato que aprecia especialmente é o carpaccio, que, a seu ver, apresenta a lampreia “no seu estado mais puro” – é cozida em água com sal e vinho branco e fatiada muito fininha.
Quem ali ruma, a cada temporada da lampreia, costuma encontrar alguma novidade. No ano passado, foi lançada a cataplana de amêijoas com lampreia, e na segunda quinzena deste mês deve chegar às mesas do Aeminium a lampreia ao sal.
Os clientes, a quem se aconselha marcação prévia, podem escolher que pratos provar. Não há um menu previamente definido. Se optarem pelas 20 propostas, o custo é 45 euros por pessoa e, caso se fiquem por dez propostas, o preço baixa para 30 euros por pessoa, valores que não incluem bebidas.
Longitude : -8.429400233729542