Com 83 anos, Valdemar Bonito dedicou as últimas cinco décadas aos chocolates artesanais, que vende na loja Bonitos, no Foco. “Algumas das nossas receitas têm já dezenas de anos e continuam a ser feitas à moda antiga, no tacho de cobre”, diz.
Paulo Bonito, filho, cuida das redes sociais e vendas online e pensa em formas de inovar. “Para o meio deste ano vai haver novidades. Queremos uma linha de bombons mais apelativos visualmente, mais coloridos, modernos, indo ao encontro do bombom europeu atual.” Mas, assegura, continuará a ser feito à mão e com produtos da mesma qualidade, mantendo as características fundamentais do que fazem há 40 anos.
Para contar a história da Bonitos é preciso recuar aos anos 1970, quando Valdemar liderava a confeitaria Cunha. Lá, “apaixonei-me pelo fabrico de pastelaria e de bombons”, lembra. O espaço onde agora funciona a Bonitos era a bombonaria da Cunha. Quando vendeu a Cunha, a confeitaria não sabia o que fazer com o espaço e ele acabou por comprá-lo, nos anos 1980, mudando para o nome de família.
Desde então, a marca afirmou-se. “O nosso chocolate vem da Bélgica – é de alta qualidade – e nós confecionamos os recheios”, diz. Algumas das referências da casa são as farripas (casca fina de laranja envolta em chocolate), bombons com recheio de framboesa, maracujá, morango, tangerina e cones de chocolate negro. Também há placas, “que ultimamente têm tido muita saída” com sabor a limão, pimenta rosa, mentol ou ananás. “Estamos a criar umas coisas novas, como bombons de lima com caramelo, de avelá, mas a caraterística é o clássico é aquele que sempre vendemos e que o cliente gosta e está habituado”, diz Paulo.
Longitude : -8.2245