Boas francesinhas para saborear no norte – parte 2

A francesinha do Royal, em Penafiel. Fotografia: Adelino Meireles/GI
Francesinhas originais ou adaptadas ao cliente: sem tampa, sem enchidos, vegetarianas, servidas a qualquer hora, nem que seja às oito e meia da manhã. Nestas duas casas de Penafiel e Vila Real, existem estas e outras possibilidades.

Royal | Penafiel
Famosa no Vale do Sousa

O Royal, em Penafiel, existe desde 1984 e está há pouco mais de uma década a cargo de Fernando Moreira. “A casa é conhecida pela francesinha desde a nascença”, refere o proprietário, que antes foi cliente. Não sabe dizer como foi ali parar a sanduíche com origem no Porto, mas garante que a maior parte da clientela vem de fora, sobretudo do Vale do Sousa, onde o estabelecimento tem especial fama.

Quando tomou as rédeas do negócio, Fernando aligeirou o molho, para ser adequado a todos, incluindo crianças. Picante, agora, só a pedido. Neste café e snack-bar, a francesinha é feita com queijo, fiambre, linguiça, salsicha e bife de alcatra, sendo o ovo e as batatas fritas opcionais. O pão de forma, cortado em fatias mais finas do que o habitual na Invicta, é da Padaria Bijou, de Penafiel, e não fica empapado com o molho, assegura. Quem preferir, come só meia francesinha.

Depois há a Jaquelina, que não leva linguiça nem salsicha, e ainda a francesinha com peito de frango ou de peru. Alguns clientes pedem-nas sem tampa (com pão só em baixo), e a qualquer hora. Já saíram francesinhas às oito e meia da manhã. Carina Fonseca

Instrumentos musicais
Numa parede estão pendurados instrumentos de corda com o nome do estabelecimento. Não são meramente decorativos: os clientes podem pedir para os tocar.

 

Cardoso | Vila Real
Sem segredos

Ao balcão ou na mesa, a francesinha do Cardoso agrada a todos os paladares, “desde o trolha ao doutor”. Comecemos pelo óbvio: francesinha em Vila Real é no Cardoso. A história começou a escrever-se há quase 40 anos quando o senhor Cardoso começou a servir francesinhas num espaço que ainda hoje leva o seu nome. O negócio passou para as mãos dos irmãos Filipe e Miguel Coelho, dois funcionários que aprenderam e aperfeiçoaram a receita original do antigo patrão.

Mal se entra no espaço, os sentidos são imediatamente ativados. Os olhos tendem para a esquerda onde logo ali, atrás do balcão, as francesinhas vão sendo preparadas a quatro mãos e à vista de todos. O cheiro do molho não passa despercebido ao olfato e o apetite fica aguçado. O paladar está prestes a ser satisfeito.

Filipe e Miguel, os chefes de serviço, garantem que “não há segredos”. “Aqui toda a gente vê como fazemos e quais os ingredientes que usamos”, afirma um deles. Mas uma receita vencedora exige alguma arte. “Todos os produtos são de qualidade, desde a carne ao pão de forma”, sublinha Filipe. Além do bife de vitela suculento e do pão de forma especial, a francesinha inclui queijo, fiambre, mortadela, linguiça e ainda ovo, se o cliente assim pretender.

Depois de alinhados, os ingredientes são regados com o molho de cor laranja vivo, pouco espesso e muito, muito saboroso. É uma mistura certeira de manteiga, ketchup, cerveja, vinho do Porto, brandy, whisky, caldo de carne e sal. O único elemento que os chefes não desvendam são as quantidades exatas de cada produto. “É tudo feito na hora, mas não podemos revelar tudo”, atira Miguel. A acompanhar, há batata frita caseira.

Também se fazem francesinhas diferentes “a pedido”. Há quem queira de camarão ou vegetariana, mas a grande maioria prefere a original. Ingredientes à parte, o ambiente é despretensioso e agradável para apreciar uma boa refeição. Ao balcão ou à mesa, a francesinha cai sempre bem. Sandra Borges

Além-fronteiras
É normal haver clientes que vão ao restaurante buscar francesinhas para comer em casa, mas há também um cliente no Cardoso que tem por hábito pedir “20 ou 30” para levar para França.

Jardim da Carreira
Um passeio até ao Jardim da Carreira, a cerca de 250 metros, vai ajudar, com certeza, na digestão. Há por ali um coreto, um lado e arvores centenárias. Acessível através da rampa do Calvário ou de uma pequena escadaria, com vistas para a cidade.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

 




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