Após 12 anos, jantares vínicos continuam a levar o país à mesa do The Yeatman

Os jantares vínicos do The Yeatman decorrem uma vez por semana- (Fotografia DR)
Vinhos de produtores parceiros do hotel de Vila Nova de Gaia são a base das experiências semanais do chef Ricardo Costa.

Com a chegada do hotel The Yeatman à encosta histórica ribeirinha de Vila Nova de Gaia em 2010 vieram também os jantares vínicos. A premissa é simples: quase todas as quintas-feiras, um dos mais de 100 parceiros vínicos da unidade hoteleira fornece a inspiração – e o acompanhamento líquido – para um jantar criado por Ricardo Costa.

Os pratos, sempre experiências inéditas, podem depois vir a constar da carta do restaurante gastronómico do Yeatman, comandado por Ricardo Costa desde a fundação e detentor de duas estrelas Michelin a partir de 2017. Neste sentido, nos jantares vínicos, produtores de vinho e comensais cumprem de bom grado o papel de cobaias. Assim o define, com precisão e entre sorrisos, Elisabete Fernandes, que em 2021 assumiu a diretoria de vinhos de The Yeatman e que, tal como Ricardo Costa, pertence ao elenco do hotel desde a abertura de portas.

No jantar vínico de quinta-feira 13, em que a “Evasões” participou, o parceiro protagonista foi a Herdade de Coelheiros, de Arraiolos. Existe desde o século XV e lançou-se nos vinhos em 1991, tirando partido de 50 dos 800 hectares da propriedade. Ricardo Marinho, diretor de exportação, sublinhou que as vinhas da Coelheiros vão no quarto ano de um processo de conversão para modo de produção biológica. Um processo iniciado com a chegada de Luís Patrão à liderança da equipa de viticultura e enologia.

Elisabete Fernandes, diretora de vinhos do The Yeatman. (Fotografia DR)

À chegada foi servido um Coelheiros Rosé 2021, o primeiro rosé da marca, 100% Syrah – uma exceção numa política que privilegia as castas nacionais. O jantar iniciou-se com uma sequência que incluiu a aliança de atum, iogurte e foie gras, um gin de romã sem álcool e linguado servido com couve-flor, panceta ibérica e óleo de cebolinho. Tudo acompanhado por um Coelheiros branco 2020 (85% Arinto, 15% Antão Vaz).

Seguiu-se uma das estrelas da noite: moreia do Alentejo, com arroz frito, echalota e escabeche, em conversa com outro branco, um Tapada de Coelheiros 2018 (Arinto e Roupeiro em partes iguais).

Após um intervalo embalado por pão caseiro The Yeatman e azeite alentejano, chegou a carne: borrego de leite com batata folhada, couve portuguesa e rabano picante. Com o borrego veio a outra maior aclamação da noite, desta vez líquida e tinta: Tapada de Coelheiros Garrafeira 2013, o topo de gama da marca, 70% Aragonez para 30% Cabernet Sauvignon.

Não faltou sobremesa: uma conversa entre queijo de ovelha, ameixa d’Elvas e sericaia, aliada a Tapada de Coelheiros tinto 2017 (Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet). Os próximos jantares vínicos em The Yeatman Hotel contam com a Tapada do Chaves (dia 27), Quinta Nova (3 de novembro, já esgotado), Cartuxa (10, também esgotado), Amora Brava (17) e Herdade das Servas (24). As reservas podem ser feitas em eventos.theyeatman.com.

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