A caminho do Gerês, para-se para almoçar (em conta) no Velho Minho

Neste restaurante de Póvoa de Lanhoso, as carnes falam mais alto. (Fotografia de Miguel Pereira/GI)
Por sorte, em 1997, os fundos da União Europeia não financiavam a instalação de bares. Se não fosse assim, hoje não existiria o restaurante Velho Minho, em Póvoa de Lanhoso. Apesar de ter começado sem experiência anterior no ramo, Hugo Macedo rodeou-se de bons profissionais e criou uma das casas de referência em termos de gastronomia tradicional na região.

Inicialmente, a ideia de investimento de Hugo Macedo passava por montar um bar que lhe permitisse capitalizar a experiência e os conhecimentos que trazia de anos de trabalho na discoteca Swing Crash, uma das casas mais conhecidas no Minho nos anos 1990. “Venho de uma família humilde e conseguir apoios era fundamental para começar. Contudo, não havia fundos para o tipo de negócio que tinha em mente. Falaram-me num restaurante e decidi arriscar”, recorda.

Na falta de experiência anterior, Hugo tratou de contratar os melhores profissionais. “Foi fundamental, não só para o sucesso inicial, mas também para que eu pudesse aprender muito com eles”, confessa, passados 26 anos. A casa está instalada no coração de Póvoa de Lanhoso, ao lado da Câmara, num edifício de pedra que assenta como uma luva no nome: Velho Minho. Por estar dividido em duas salas, rés-do-chão e primeiro andar, o restaurante tem um aconchego de sala de jantar doméstica que disfarça os seus 70 lugares.

A casa, em pedra, tem esplanada.
(Fotografia de Miguel Pereira/GI)

Rodeado pelos principais serviços públicos, durante a semana, ao almoço, o Velho Minho dedica-se principalmente ao “menu executivo”, com dois pratos diários, um de carne e outro de peixe. As ofertas deste menu são selecionadas a partir da carta e renovadas a cada 15 dias. Na prática, pela qualidade do serviço, nada leva o cliente a suspeitar que está a comer um prato diário, além da limitação nas bebidas. Ao jantar, Póvoa de Lanhoso revela-se como terra pequena, com pouca vida noturna, e o restaurante fica mais calmo.

Ao fim de semana, muitos vêm de longe para comer o cabrito no forno, ou o lombo de boi no churrasco, feitos com carne da região. Do Gerês – a Barragem da Caniçada fica a 18 quilómetros – aparecem os turistas e até os famosos que têm casas na região. “Uma vez apareceram aqui o Cristiano Ronaldo, a Merche Romero e o Jorge Mendes. Tinham marcado, mas não avisaram quem eram. Foi uma confusão aqui à porta, com os miúdos a quererem pedir autógrafos”, lembra.

A equipa do Velho Minho, com Hugo Macedo ao centro.
(Fotografia de Miguel Pereira/GI)

A garrafeira tem bastantes referências, com destaque para o vinho verde da região. Hugo Macedo aconselha, para acompanhar pratos de carne, como a vitela barrosã assada no forno ou o cabrito assado, o tinto verde Lanhoso, da Quinta da Igreja. Apesar da predominância de pratos de carne na carta, como é natural num restaurante de comida tradicional numa região de montanha, o arroz de tamboril ou os panados de polvo com arroz de grelos não desmerecem a qualidade geral da casa.


A EMENTA

Menu executivo: 12 euros (entrada de patê de delícias do mar, sopa de legumes, lombo de porco com cogumelos, sobremesa, bebida e café)

Especialidades: lombo de boi no churrasco


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Mapa da ficha ténica
Morada
Rua Dr. Manuel Ferreira, 8, Póvoa de Lanhoso
Telefone
253 634 522
Horário
Das 12h às 15h e das 19h às 23h. Não encerra.
Custo
() Menu executivo: 12 euros.


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245




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