6 lugares para comer no Mercado de Matosinhos

Ao entrar no Mercado de Matosinhos, sente-se logo a profusão de sons, cheiros e cores. São os pregões, o cheiro fresco do peixe e as cores saturadas das frutas a conviver em harmonia há mais de 60 anos. Dentro do amplo e luminoso edifício - uma obra pioneira do modernismo, assinada por Luís José de Oliveira e inaugurada em 1952 - há bancas de peixe, de frutas, legumes, plantas. E projetos recentes como lojas, restaurantes, uma padaria, um mercado biológico e a incubadora de empresas e projetos.

Há quase uma dezena de lugares por onde escolher para comer no mercado. Um dos mais recentes, o restaurante MD4 – Mãe dos Quatro (Preço médio: 11 euros), abriu no início de abril, por Cláudia Farinhas, que trabalhou três anos com o chef Sergio Crivelli. Cláudia aposta na comida de inspiração italiana, como as pizas e as massas, e oferece um menu de almoço por 5,95 euros que inclui uma piza ou uma massa, bebida e café.

Instalado há mais tempo está o Sushi no Mercado (Preço médio: 15 euros), o Mafalda’s (Preço médio: 6 euros), onde da cozinha saem almoços preparados com ingredientes comprados no mercado. Ramen de porco preto assado e beringela marinada e assada, com batata-doce e ovo cavalo são duas das opções que podem surgir durante a semana. Ao sábado, come-se brunch. É concorrido e, por isso, sugere-se reserva.

Outros dos inquilinos do mercado são o Comida de Rua (Preço médio: 6,50 euros), onde se vai pelas apetitosas sanduíches, e o Taberna Lusitana (Preço médio: 12 euros), que permite aos clientes, durante o horário de almoço, escolher o peixe nas bancas. Depois de grelhado apenas com azeite e sal é servido com salada, legumes e pão rústico. Ao jantar, o serviço faz-se à carta e dela destaca-se o bife de atum, os bifes de carnes black angus e uma seleção de petiscos como conservas, queijos e mexilhões.

(Prato do Mercado – Food & Drinks. Fotografia: DR)

Também o Mercado – Food & Drinks (Tel.: 224065155. Preço médio: 12 euros) dá a possibilidade aos clientes de escolherem, ao almoço, o peixe que quiserem, para ser grelhado, assado ou cozido. Ao jantar, peixe só por encomenda, mas a carne está garantida, em bifes com molho de vinho do porto ou de alho.

AS GERAÇÕES DO MERCADO
«Antigamente, havia tantos clientes que não tínhamos tempo para arranjar o peixe», lembra Isabel Costa Marques, de 68 anos, que ao lado da irmã mais velha, Maria da Conceição Costa Marques, gere uma banca de peixe há mais de meio século. Começou a trabalhar com a mãe, aos 17 anos, numa altura em que se vendia muito, principalmente peixes que hoje não têm tanta saída como goraz e pargo. Hoje, reconhece que se vende menos mas continua a gostar de estar no mercado, do convívio que há entre vendedores.

Maria da Conceição Costa Marques e Isabel Costa Marques (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Fátima Santos, 62 anos, da banca Frutas René, concorda. «Gosto do ambiente». Diz que trabalha no mercado desde que nasceu. «Isto foi da minha avó, da minha mãe e agora é meu», conta. Nos anos áureos do mercado, vendia sobretudo a quem trabalhava nas fábricas que havia por perto e para revenda. Atualmente, os clientes chegam em menor quantidade. Vêm de Matosinhos e das cidades adjacentes, de cargueiros que atracam no porto de Leixões e, claro, não faltam estrangeiros.

(Ana Fonseca, proprietária da Pão da Terra. Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Também de diversas proveniências são os clientes de Rita Monte e Ana Fonseca, da loja Azeitoneira do Porto e da padaria Pão da Terra, respetivamente. São duas das mais recentes inquilinas do mercado, chegadas há cerca de dois anos e ambas apreciam a diversidade do mercado e o convívio que se vive. Ana Fonseca, por exemplo, compra as azeitonas biológicas para fazer pão de azeitonas na Azeitoneira do Porto e, por sua vez, Rita Monte é cliente da Pão da Terra, onde há todos os dias sete variedade de pão de fermentação lenta – de trigo, de mistura, de centeio, entre outros. Na Azeitoneira do Porto encontram-se quase dez diferentes tipos de azeitonas, entre biológica certificada, gordal e picante, bem como produtos portugueses de norte a sul do país, como mel, requeijão, chá, sal, conservas e vinhos.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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