Conheça nesta fotogaleria as 6 quintas produtoras de vinho verde.
Casa da Calçada e Restaurante Largo do Paço, Amarante
Quem fica hospedado na Casa da Calçada é recebido com um copo de espumante. As boas vindas refletem a filosofia deste hotel de luxo, que quer ligar as suas várias vertentes - alojamento, restauração e vinhos. A história da Casa cruza-se com a de Amarante. Este Palacete do século XVI dos Condes do Redondo foi, durante as Invasões Napoleónicas, quartel-general do exército português e inglês. Depois, a família Pereira do Lago adquiriu-o. Lá nasceu político republicano António Lago Cerqueira que em 1917 plantou aquela que é a vinha mais antiga da região. É com as suas uvas que se produz o aclamado Vinhas Velhas. Adquirida por Manuel António da Mota, anos 60, nunca deixou de produzir vinho. Mas depois da sua morte a produção começou a ser maioritariamente para consumo interno. Em 2012, a terceira geração deste negócio familiar quis «trazer o vinho para a ribalta». Os seus vinhos podem ser pedidos no bar do hotel ou no restaurante Estrela Michelin Largo do Paço - a cargo do chef André Silva. As vinhas, o jardim e a adega são espaços visitáveis.
Casa da Calçada e Restaurante Largo do Paço, Amarante
Largo do Paço, 6, Amarante
Tel.: 255410830
Preço: estadia a partir de 95 euros (duas pessoas com pequeno-almoço)
Menu degustação: a partir de 95 euros (sem vinho)
Casa da Calçada e Restaurante Largo do Paço, Amarante
Casa da Calçada e Restaurante Largo do Paço, Amarante
Equipa do restaurante Largo do Paço com o chef André Silva.
Casa de Vila Verde, Caíde de Rei
Durante séculos não foi tradição da família Pinto Mesquita produzir vinho. A Casa da Vila Verde dedicava-se, como muita outras na região, à produção de leite, explica Filipe Tomás, técnico residente da quinta. Foi em 1995 que Luís Pinto Mesquita pôs mãos à obra para reestruturar a quinta. Plantou, então, videiras, apostando assim na produção e engarrafamento de vinho, no lazer e no enoturismo. As antigas vacarias deram lugar a salas de provas e de eventos. Durante as vindimas pode participar-se na apanha da uva. Na sala de provas, decorada com charretes centenárias e algumas obras de arte, os vinhos são servidos com queijo e pão de produtores vizinhos. É também possível visitar-se a casa (por marcação).
Casa de Vila Verde, Caíde de Rei
Casa de Vila Verde
Rua de Vila Verde, 150, Caíde de Rei
Tel.: 910821191; 255821450
Web: cvvi-casadevilaverde.pt
Visita e prova: 10 euros
Casa de Vila Verde, Caíde de Rei
Casa de Vila Verde, Caíde de Rei
Casa da Vila Nova, Castelões
Vila Nova é a casa dos Lencastre desde princípios da nacionalidade. «Está na minha família desde o século XII», explica Bernardo que, em 2008, herdou a quinta. O pai «queria desfazer-se das vinhas», mas Bernardo propôs tomar conta delas e começou a produzir vinho em 2009. Os vinhos - elaborados pelo enólogo António Sousa - são já exportados para vários países e o negócio está a crescer. Bernardo, o «mouro dos vinhos verdes», como diz, a brincar, o próprio, por morar em Lisboa, dá a conhecer a quinta com o gosto de quem passou lá bons momentos. «Vinha cá passar as férias e sempre adorei». Na quinta há uma capela que lembra as Invasões Francesas que varreram a região no início do século XIX. O altar barroco, em madeira, foi encontrado intacto quando o avô de Bernardo deitou abaixo uma parede. Pensa-se que terão a construído para impedir que o exército roubasse o espaço. Há também a torre medieval a partir da qual se construiu, ao longo dos séculos, o resto da casa. Visitas à quinta e as provas estão disponíveis por marcação.
Casa da Vila Nova, Castelões
Rua de Vila Nova, 279, Castelões, Penafiel
Tel.: 255732452
Web: casadevilanova.com
Horário: por marcação
Preço: sob consulta
Casa da Vila Nova, Castelões
Casa da Vila Nova, Castelões
Quinta da Aveleda, Penafiel
Passeando pelo jardim da Quinta da Aveleda, com o seu traço romântico e pormenores de estilo vitoriano, o visitante pode até esquecer-se que está numa quinta que tem como principal função a produção de vinho. Mas apenas por alguns momentos, pois ao chegar aos limites do jardim, encontra as parcelas de vinha, ladeadas por árvores e um pequeno bosque - para preservar a biodiversidade. «As vinhas são uma espécie de anel que rodeia o jardim», diz Martim Guedes, que juntamente com António Guedes, representa a nova geração - a quinta - da casa tem como principais marcas o Casal Garcia e Aveleda. Desde o século XIX que esta família brasonada trabalha a vinha. De há alguns anos para cá, tem apostado no enoturismo, abrindo aos visitantes o seu jardim, que por esta altura se destaca pelas camélias e onde os recantos são para descobrir em ritmo lento. Vale a pena apreciar o único eucalipto do jardim, com 200 anos, as sequoias, o lago e a casa de chá decorada, do chão ao teto, com peças Bordallo Pinheiro. A janela manuelina e a Torre das Cabras são outros dos pontos imperdíveis, assim como a Adega Velha, onde se envelhece a aguardente.
Quinta da Aveleda, Penafiel
Rua da Aveleda, 2, Penafiel
Tel.: 255718200
Preços: a partir de 6,5 euros (visita ao jardim, adega velha e prova de vinhos). Almoço por marcação, preço sob consulta.
Horário: Visitas às 10h00, 11h30, 14h30 e 16h00. Encerra domingo (de novembro a fevereiro).
Loja: Das 09h00 às 18h00. Janeiro e fevereiro abre às 12h00 no domingo.
Quinta da Aveleda, Penafiel
Quinta da Aveleda, Penafiel
Monverde - Quinta da Lixa, Castanheiro
No Monverde há muitas coisas para fazer em família dentro da temática dos vinhos, ou não fosse este um hotel vínico family friendly. O espaço, inaugurado o ano passado, era um projeto com mais de dez anos. A ideia original era aproveitar a casa senhorial da Quinta de Sanguinhedo e «fazer dela uma casa para amigos», explica Diogo Conceição, responsável pelo departamento de marketing da Quinta da Lixa. Além de se poder ficar hospedado num dos 29 quartos ou no apartamento, ‘plantados’ no meio de vinhas e comer no restaurante - que tem o chef Marco Gomes como consultor - há várias iniciativas disponíveis. Há provas comentadas na vinha em família e os programas «Viticultor por um dia» e «Enólogos por um dia». Este último é um mini-curso de vinhos verdes, onde cada participante pode criar o seu próprio vinho, misturando castas, desenvolver o rótulo e engarrafar. «As crianças vão estando entretidas com jogos tradicionais, mas gostam também de ajudar na criação do rótulo», diz Bebiana Monteiro, diretora de vinhos. As atividades estão abertas a hóspedes e não hóspedes.
Monverde - Quinta da Lixa, Castanheiro
Quinta de Sanguinhedo, Castanheiro Redondo, Telões
Tel.: 255143100
Preço: a partir de 110 euros (duas pessoas, com pequeno-almoço)
Preço das actividades: 8,50 euros (prova comentada na vinha); 20 euros (Vinhos Verdes & Amigos - curso nível 1); 7 euros (Viticultor por 1 dia); 45 euros (Enólogo por 1 dia)
Monverde - Quinta da Lixa, Castanheiro
Monverde - Quinta da Lixa, Castanheiro
Quinta da Torre, Marco de Canaveses
Como pode hoje ser vista - com parcelas de vinha, centenas de limoeiros, laranjeiras, mirtilos, um lago e até um mini jardim zoológico - a Quinta da Torre foi toda construída de raiz, explica André Amaral, responsável pela quinta que começou a ser transformada pelo seu proprietário, José Manuel Mendes, em meados dos anos 90. O terreno, que era um vale abandonado, «teve de ser subido 20 metros». Empreitada que demorou, mas que logo começou a dar frutos, literalmente. Em 1998 já produzia uva e em 2006, a empresa começou a vinificar e engarrafar. Recentemente, foi construída uma nova adega e em breve irá inaugurar nova sala de provas que será também um museu, recheado de objetos antigos ligados à vitivinicultura. Os visitantes podem passear na quinta, onde há um canguru, lamas, alpacas, muitas galinhas e patos - os animais são um fascínio para André - fazer provas e, por marcação, almoçar.
Quinta da Torre, Marco de Canaveses
Rua da Torre, 581, Marco de Canaveses
Tel.: 919391781
Web: quintadatorre.eu
Horário: das 10h00 às 18h00 (por marcação)
Preço: 10 euros (visita à quinta e prova de vinhos); 35 euros (visita, prova e almoço)
Quinta da Torre, Marco de Canaveses
Quinta da Torre, Marco de Canaveses
Conhecidos como leves e frescos, os vinhos verdes, produzidos no noroeste português, estão a crescer em qualidade, diversidade e quantidade. A rota criada pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes une diversos produtores que estão de portas abertas ao enoturismo.