Bar e galeria num pub diferente com cerveja artesanal

Entre um velho piano, um Mini que há de virar arca frigorífica e mobiliário vintage, no Lov'Art, em São João da Madeira, há cervejas artesanais, rock clássico e uma combinação improvável de bar e galeria.

Para Diogo sempre foi um sonho, e Sandra também ficou rendida à ideia desde que visitou um pub na Suíça, onde morou dois anos. Esse ao estilo irlandês, este inspirado nos congéneres britânicos – e onde se orgulham de ter «a melhor cerveja da cidade».

O Lov’arte abriu em outubro, e logo se destacou pela diferença e pela qualidade. Quem entra depressa reconhece o gosto do casal pelas antiguidades, que conferem um estilo vintage à decoração. Em cada recanto, encontram-se objetos com história, de máquinas de costura a camâras fotográficas, rádios antigos, uma bengala de madeira que já está na família de Diogo «há cinco ou seis gerações» e até um barco em palitos que o avô fez na tropa.

Mas o que é mesmo impossível de não saltar à vista é o Mini Cooper de 1968 que parece atravessar o balcão, à entrada da sala. O carro já acompanhou o casal noutras aventuras e ambos concordaram que seria uma ótima peça para juntar à decoração do bar.

Ao fundo da sala, um velho piano de 1795 também chama a atenção de quem não resiste a fazer o gosto ao dedo – ainda que lhe faltem algumas teclas. O objetivo é recuperá-lo, para que o possam usar como parte da programação musical da casa. «Já nos deram orçamento para o restaurar, mas tem de ser aos poucos», explica Diogo.

E é aos poucos que vão pondo em prática as muitas ideias que ainda têm para o espaço, como a de transformar a frente do Mini numa arca frigorífica para as cervejas que aqui servem. Na carta, que tentam sempre aumentar, constam algumas das melhores artesanais do mundo, num total de 31 variedades em garrafa e cinco à pressão, para todos os gostos. As mais procuradas são as belgas, como a Gulden Draak (7 euros). A conhecida Paulaner (5 euros) também é muito popular, mas é a mais recente adição à carta, a Samichlaus (7 euros), conhecida por ser uma das lagers mais fortes do mundo, que tem causado mais controvérsia. «Muitos já nos disseram que foi a melhor cerveja que já provaram, e também já houve quem achasse que parecia molho de vinho do porto para carne assada», diz Diogo. Já que se fala nisso, para além da aposta nas cervejas artesanais, aqui também se encontram opções para os apreciadores de outras bebidas, gin, rum, whisky e vinho do porto incluídos.

Para confortar o estômago, no menu há ainda prego com queijo da serra e cebola caramelizada (4,50 euros), as sandes de presunto (3 euros) e tábuas de enchidos e queijos à medida de cada cliente, a partir de 7 euros. Neste ambiente acolhedor, a meia-luz, ouvem-se de fundo alguns clássicos do rock, que completam a receita para um longo serão bem passado, que é, afinal de contas, o desígnio do casal de «fazer que quem aqui entre se sinta em casa».

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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