Barracuda: O novo «Clube de Roque» do Porto

Nasceu longe da movida de cidade mas nem por isso deixa de ter fila à porta. É um bar de puro rock feito a pensar não nos que vêm e vão, mas sim nos que ficam.

Paredes pretas e azulejos coçados, holofotes verdes e luzes vermelhas que combinam com a cor do bar, pouca decoração e uma bola de espelhos ao fundo da sala em forma de túnel, junto do palco onde todas as semanas sobem artistas e bandas de várias vertentes do rock. O underground está de boa saúde e recomenda-se. Na baixa portuense, longe da movida de cidade mas numa das ruas preferidas dos street artists, a da Madeira, de frente voltada para a estação de São Bento, e ao jeito de bem receber do santo homónimo, no Barracuda todos são bem-vindos, mas é bom que gostem de «roque».

Sim, com «q de quaquá, à português», explica Rodas, como é conhecido e gosta que lhe chamem, «eu sou Paulo, mas se me chamarem por esse nome na rua eu não olho», admite. E em boa verdade poucos serão os que por esse Porto fora e arredores o conheçam senão por Rodas, que há mais de 20 anos é o nome por trás de vários projetos musicais que foram surgindo na cidade, incluindo o famoso Cave 45, encerrado no final do ano passado. Foi no decorrer do fecho do Cave que Rodas decidiu embarcar num novo projeto: «abrir um bar com música de que eu gosto».

No final de março, encontrou morada no lugar do antigo Traçadinho, bar de apoio ao Gare, do lado oposto ao do grande movimento noturno na cidade. «Queria sair um bocado dali, naquela zona os bares estão a virar restaurantes, está tudo a fazer ‘cenas’ para os turistas», explica. «Eu tento fazer coisas para os de cá, porque quem quiser ouvir rock não tem muito onde ir, tudo o que existe já é muito comercial».

Portanto, o novo conceito não tem nada que enganar «aqui a programação é só rock, mas temos trappin à sexta e sábado», avisa o proprietário. Além dos alternadores de discos – expressão que Rodas prefere utilizar em vez de DJ -, que todas as noites passam as sonoridades de eleição da casa, pelo menos uma vez por semana há concertos ao vivo, de bandas emergentes e de renome, nacionais e internacionais. Em julho, o destaque vai para a atuação no dia 20 da cantora norte-americana Fur Dixon, ex baixista da banda de punk rock The Cramps. Ou ainda o concerto de celebração dos 30 anos dos Capitão Fantasma, no dia 28.

Quanto ao batismo de Barracuda, tanto se pode atribuir ao peixe, carro ou guitarra de mesmo nome, mas a razão é bem mais simples. «Soa-me bem», esclarece Rodas, para além de que «o barracuda é um peixe mesmo feio e se fosse bonito acho que não escolhia o nome», brinca.

Cervejas e bebidas brancas são as sugestões do bar. Não há cá grandes invenções, porque afinal, trata-se de um clube de música e o que os apreciadores realmente não dispensam é uma boa dose de «roque».

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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