Estes 6 locais em Caminha são de visita obrigatória

O Mosteiro de São João d’Arga é um dos pontos a visitar em Caminha. (Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)
De caminhos religiosos a praias fluviais e uma torre com vista panorâmica sobre a povoação, não faltam locais de interesse para conhecer em Caminha. Conheça aqui seis dos imperdíveis.

1. Calvário e Dolmen da Barrosa

Há dois locais, separados por pouca distância, a descobrir em Vila Praia de Âncora. O caminho pode ser feito a pé, para quem gostar de caminhar, e quem partir da vila passa pelo Dólmen da Barrosa, também conhecido por Lapa dos Mouros, um dos monumentos megalíticos mais emblemáticos da Península Ibérica. Esta anta, classificada como monumento nacional em 1910 e que documenta aspetos culturais do período Neolítico tardio, foi edificado no final do século XXX a.C.

Daí pode seguir-se até à igreja matriz e dali subir os doze lanços de onze degraus do escadório de pedra com catorze cruzes, que leva ao Monte do Calvário e à capelinha de S. Salvador do Mundo. O monte é um miradouro privilegiado com Vila Praia de Âncora e o Vale do Âncora a seus pés.

Dólmen da Barrosa
Rua Miguel Bombarda, 1081, VP Âncora

 

2. Praias e áreas de lazer fluviais

O concelho de Caminha é rico em praias e áreas de lazer fluviais em toda a sua extensão. A começar por Lanhelas, onde a zona à beira rio, com os seus barcos de pesca e arvoredo abundante, é procurada tanto pela população como por turistas. Boa para caminhadas pela ecovia Caminho do Rio Minho e uma pausa de contemplação no bar com esplanada, nos bancos ao longo do rio ou a partir de uma escultura intitulada Abrigo. A praia (vigiada) das Azenhas em Vilar de Mouros, com as suas águas cristalinas, é ponto de paragem obrigatório. Para quem não gosta de multidões, convém evitar os fins de semana de agosto. Na aldeia de Seixas, há a praia da Pedras Ruivas também é apetecível para um mergulho.

Praia Fluvial de Lanhelas Estrada do Rio
Praia Fluvial de Pedras Ruivas Seixas
Praia Fluvial das Azenhas Vilar de Mouros

 

3. Torre do Relógio

Por apenas um euro (metade ou grátis para crianças), pode visitar o Núcleo Muselógico do Centro Histórico de Caminha e conhecer por dentro a Torre do Relógio – a torre principal das muralhas medievais de Caminha, possibilita conhecer um Monumento Nacional (classificado desde 1951) emblemático. E, ao mesmo tempo, vislumbrar a vila, a foz do rio Minho e o monte de Santa Tecla, a partir de um ponto altaneiro privilegiado. Trata-se do único torreão remanescente do castelo de Caminha, que em 1673 recebeu um relógio que acabou por lhe dar o nome.

Torre do Relógio
Praça do Conselheiro Silva Torres, 8
Terça a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h
Preço: bilhete geral 1 euro, dos 6 aos 11 anos 0,5 euros, gratuito até aos 5 anos

 

4. Banco de Livros

Este alfarrabista no centro de Vila Praia de Âncora é um refúgio imperdível para todos aqueles que são apaixonados por livros. E a companhia do seu dono e fundador, Rafael Capela, é um atrativo em si. Ali, para dentro da porta aberta em frente à linha de comboio, encontram-se livros usados de todos os géneros, entre eles algumas coleções com décadas muito interessantes, com preços que começam em 1 ou 2 euros. A especialidade é, porém, a etnografia do Alto Minho, assim como todo o tipo de ensaios e obras de caráter sociológico sobre os seus concelhos, ou ainda obras raras de literatura portuguesa, em especial de Camilo Castelo Branco. Dificilmente se passa lá sem encontrar algum livro muito especial e sem trocar algumas palavras agradáveis com o livreiro Rafael.

(Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)

Banco de Livros
Rua Cândido dos Reis, 2 (Vila Praia de Âncora)
Segunda a sábado, das 10h às 12h30 e das 15h às 19h.

 

5. Lagoas, quedas de água e piscinas de Dem

Quedas de água e lagoas povoam toda a serra d’Arga. De tão escondidas pela encostas, é preciso conhecer ou perguntar a quem sabe para as encontrar. A mais conhecida é a do Pincho, na aldeia de S. Lourenço da Montaria, já no concelho vizinho de Viana do Castelo. E há muito que deixou de ser um segredo por revelar. Mas Desidério Afonso, proprietário do empreendimento Valvermelho, em Dem, conhecedor e entusiasta da serra, diz que as há. A mais deslumbrante no Lugar de Castanheira, em Arga de Baixo. “É mais linda queda de água do Alto Minho”, garante, lembrando, no entanto, que para lá chegar “é preciso ir a pé e abrindo caminho por entre a vegetação”.

O seu complexo Valvermelho, em plena serra, é destino de muita gente, durante o verão. Possui piscinas, que constituem uma boa alternativa para dias de vento na praia (5 euros/dia até fim de setembro), bar e um restaurante.

Aceita reservas para refeições de gastronomia típica local, como o cabrito à serra d’Arga e javali. A partir do outono o restaurante vai funcionar, à carta, à sexta-feira à noite, e sábados e domingos, ao almoço e ao jantar. Professor aposentado, contabilista, Desidério é o grande dinamizador da romaria de São João d’Arga há mais de 50 anos e um contador de histórias, que vale a pena ouvir.

(Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)

Valvermelho
Rua da Igreja, 1169, Dem
Tel: 961579297
Todos os dias, das 9h às 19h. Piscinas: 5 euros por dia/pessoa (preço até 30 de setembro)

 

6. Mosteiro de São João D’Arga

É um monumento muito conhecido pela romaria que todos os anos, a 28 de agosto, se realiza ao seu redor, com milhares de pessoas a cantar e a dançar, pela noite dentro, ao som de concertinas e cantares ao desafio. Uma festa religiosa que com o passar do tempo se foi tornando profana, sem perder de vista, ainda assim, a devoção ao padroeiro São João Baptista.

Situado no alto da serra, entre rochas escarpadas e floresta, é motivo de visita durante todo o ano. Com tempo seco e sol, torna-se um refúgio de ar puro e sossego. À volta de uma capela românica, encontra-se um albergue em pedra em forma de L que antigamente acolhia romeiros. Hoje em dia, a confraria cede os espaços (conhecidos como “quartéis”) a grupos para pernoitar. Não falta quem escolha aquele lugar para piqueniques ou como destino de caminhadas ou bicicletadas pelos trilhos da serra.

(Fotografia de Rui Manuel Fonseca/GI)

Mosteiro de São João D’Arga Arga de Baixo




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