Tons de Primavera: festival que dá arte às ruas de Viseu

Percorrer a fotogaleria para ver as imagens do roteiro pelos murais de Viseu.

1. AKA Corleone (2015)

Apreciador da Sétima Arte e dos instantâneos captados em formato Polaroid, Pedro Campiche, designer gráfico e ilustrador, deixou enquanto AKA Corleone um dos legados mais acarinhados até hoje pelos moradores do bairro social da Balsa (Balsa City): um mural gigante policromático na fração B dedicado ao prazer de beber um vinho do Dão (usou 150 latas de spray).

Rua dos Bombeiros Voluntários, fração B (virado para a Central de Camionagem)

2. Cruella d’Enfer (2016)

Juntamente com AKA Corleone, foi curadora da edição de 2016 e com ele fundou, em 2011, a plataforma artística Steppin Stone. Formada em design de ambientes, Ângela Ferreira, artista visual e ilustradora, assinou enquanto Cruella d’Enfer o segundo mural do Bairro da Balsa.

Rua dos Bombeiros Voluntários (virado para a Central de Camionagem)

3. Mário Belém (2015)

Trocou a arquitetura pelo design gráfico, mas é enquanto ilustrador freelancer que Mário Belém, natural de Lisboa, dá continuidade a uma paixão que lhe vem desde a mais tenra infância: desenhar à mão. Com a ajuda de sprays e tintas, é dele o mural “quase” animado que passa a mensagem “não te esqueças de ser feliz”.

Rua dos Loureiros

4. Fidel Évora (2015)

Num prédio de três andares, junto ao parque de estacionamento, Fidel Évora, nascido em Cabo Verde, fez mais um contraponto à sua carreira no design gráfico que já o levou a trabalhar em várias agência de publicidade em Portugal e em Barcelona. Para criar a imagem “Rapaz a tirar o espinho do pé”, inspirada nos clássicos, ele precisou subir a uma grua. No mural é ainda possível ver uma referência ao pintor renascentista alemão Albrecht Dürer.

Avenida Capitão Silva Pereira

5. Gonçalo Mar (2016)

Uma das cúpulas do Mercado Municipal foi parcialmente coberta por uma pintura mural de Gonçalo Mar na edição de 2016. Natural de Lisboa e licenciado em design de moda, Mar teve a sua primeira experiência com graffiti no ano de 1998. O que chama mais à atenção na sua intervenção, para lá do cromatismo, é o traço muito forte das suas personagens.

Mercado Municipal

6. Mariana, a Miserável (2015)

Há uma razão quase literária para o cognome escolhido por Mariana Santos, natural de Leiria — diz ela, uma florista frustrada, que já teve de vender o seu coração algumas vezes para pagar as contas. O certo é que vingou como ilustradora, sendo dela o mural, junto ao restaurante Maria Xica, alusivo a um cacho de uvas.

Largo Pintor Gata

7. Draw (2015)

Tal como AKA Corleone, também Frederico Campos, aqui conhecido como Draw, repetiu a experiência em Viseu em 2015 e 2016 e volta agora como curador. Ainda assim, continua muito marcante a figura feminina, cujos olhos parecem seguir-nos, que imprimiu na esquina arredondada de um dos edifícios da histórica rua do Hilário. Nascido no Porto, com um mestrado em arquitetura, ele é um grande promotor da arte urbana.

Rua do Hilário

8. Basik

A cidade de Grão Vasco inspirou o italiano Basik, que vive e trabalha em Rimini, a pintar a imagem de São Pedro bem ao seu estilo. Isto porque Basik se enquadra num género a que os especialistas chamam de “graffiti writer, ou seja, mais do que apenas imagens, ele recorre também à tipografia para contar a sua estória. Outro detalhe importante na sua obra recente é o uso da imagética religiosa e a recriação de gestos (sobretudo ao nível das mãos).

Rua Serpa Pinto