Leixões: Terminal de Cruzeiros é o edifício do ano

O Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões foi distinguido com o galardão de «Edifício do Ano 2017» (categoria de Arquitetura Pública). Atribuído pelo influente website «ArchDaily», este prémio é um dos mais importantes nesta área. Projeto de Luís Pedro Silva, o Terminal foi inaugurado em julho de 2015 e veio alterar a paisagem costeira do Porto e de Matosinhos.

Ao longe, o terminal de Cruzeiros de Leixões faz lembrar um rolo de papel a desenrolar-se. É composto por quatro «braços» – um vai até ao navio, outro até ao molhe sul, outro até à cidade e o último termina dentro do edifício. Se ao longe a obra desperta a curiosidade, vista de perto é avassaladora.

De frente para ela somos engolidos por uma luz imensa, refletida pelos azulejos hexagonais brancos que surgem ao longo de todo o edifício. São cerca de um milhão e foram produzidos pela Vista Alegre. A sua colocação desigual faz com que não haja dois azulejos seguidos na mesma posição, o que provoca um bonito jogo de luz, que reflete várias tonalidades.

Do luminoso átrio comum, a partir do qual o edifício se ergue em espiral, é possível ver os três pisos superiores. O primeiro, para onde se sobe por elevador ou por uma rampa curva, destina-se às funções de logística a passageiros. O segundo está reservado ao Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha da Universidade do Porto (CIIMAR). Neste piso há dois curiosos detalhes: a boca de incêndio vermelha em forma de peixe que contraste com a brancura imaculada do edifício, as saídas do ar condicionado em forma de guelras, no teto, e a saída para o exterior, a fazer lembrar a boca de uma baleia.

No terceiro e último piso, a vidraça do chão até ao teto deixa ver já um cenário amplo sobre mar e terra. Mas é no anfiteatro ao ar livre, com uma parede inclinada de 14 metros, que os olhos se perdem no largo oceano e por Leça da Palmeira, Matosinhos e Porto. Um postal de boas-vindas entre a terra e o mar.

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