Winona Ryder: a musa gótica que a HBO roubou à Netflix

Winona Ryder em "The Plot Against America".
Quando tinha 15 anos, Winona Ryder pintou os seus cabelos loiros de preto. Foi uma exigência para aquele que viria a ser o seu primeiro papel no cinema: o filme «Lucas», realizado em 1986 por David Seltzer. Daí em diante, raramente voltou ao tom original. Hoje, é considerada a «musa gótica» de Hollywood. «É um orgulho para mim», disse à revista «Nylon» sobre o termo.

Filha de Michael e Cindy Horowitz, um casal de hippies, foi criada numa comunidade alternativa na Califórnia, sem acesso a eletricidade. Timothy Leary, defensor dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD nos anos 60, era amigo dos pais e foi eleito para seu padrinho.

O grande salto para o estrelato – mundo que Winona sempre recusou – deu-se com o clássico «Eduardo, Mãos de Tesoura» (1990), de Tim Burton. Para trás tinha ficado «Beetlejuice: Os Fantasmas Divertem-se» (1988), uma comédia de terror e humor negro do mesmo realizador.

A história entre as personagens de Eduardo e Kim saltou para a vida real, com Winona Ryder a apaixonar-se perdidamente pelo protagonista, Johnny Depp. «Quando o conheci, eu era completamente virgem. Ele mudou isso. Ele foi o meu primeiro tudo. O meu primeiro beijo de verdade. O meu primeiro namorado verdadeiro. O meu primeiro noivo. O primeiro homem com quem eu fiz sexo. Ele estará sempre no meu coração. Para sempre», confessou a atriz sobre o amado.
Um amor correspondido («Eu morreria por ela. Eu amo-a muito») que acabaria por terminar ao final de quatro anos. Ainda hoje não se sabe o que aconteceu: dizem as más-línguas que ela foi obrigada pelo pai, que era contra o namoro, a virar as costas àquele que foi o amor da sua vida.

Aliás, já este ano, e depois de Amber Heard, ex-mulher de Johnny Depp, o ter acusado de violência doméstica, Ryder saiu em sua defesa. «Não quero chamar a ninguém mentiroso, mas pela minha experiência com o Johnny, é impossível acreditar que tais alegações sejam verdadeiras. É extremamente perturbador conhecendo-o como eu o conheço», atirou.

De it girl dos anos 1990, Winona Ryder voltou a dar que falar em 2016 quando integrou o elenco da série da Netflix «Stranger Things». A plataforma de streaming, uma das que tem roubado nomes sonantes da Sétima Arte para o pequeno ecrã, está em gravações da quarta temporada. A artista, agora com 48 anos, permanece como uma das principais estrelas, até porque uma nova temporada dever estrear-se ainda esta ano (as gravações foram adiadas devido à pandemia da Covid-19).

Mas Winona está, também, na minissérie «The Plot Against America», que a HBO já tem disponível na sua plataforma. Trata-se de uma criação de David Simon, o mesmo de The Wire, adaptada do romance de Philip Roth. Uma «versão alternativa» da História da América, anuncia a sinopse, vista «pela perspetiva de uma família de trabalhadores judeus de Nova Jersey à medida que assistem à ascensão política do populista xenófobo Charles Lindbergh, que se tornou presidente e conduz o país ao fascismo».

Além de Winona Ryder, «The Plot Against America» conta ainda com interpretações, nos papéis principais, de John Turturro, Morgan Spector («Homeland») e Zoe Kazan .

 

Anos 80: ansiedade e prisão
Sabia, desde os 12 anos, que iria fazer carreira no cinema. Nunca lidou bem com a fama e chegou ser internada, com ansiedade. E até foi presa por roubo.

1990: Eduardo Mãos de Tesoura
Contracenou com o amor da sua vida, Johnny Depp, neste filme de Tim Burton. Foi este o primeiro título a dar-lhe visibilidade.

1997: Alien – Resurrection
Brilha neste thriller de ficção científica ao lado de Sigourney Weaver, a grande protagonista desta saga.

Stranger Things
Série da Netflix que presta homenagem aos filmes de Steven Spielberg e aos clássicos do cinema dos anos 80

 




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