Peças de arte ou objetos de iluminação? No primeiro Spazio Esperienze Davide Groppi em Portugal, os artigos em exposição podem facilmente assumir as duas funções. É disso exemplo a peça Moon, um impactante candeeiro esférico, com papel japonês a cobrir toda a sua superfície, que em tudo faz lembrar a Lua; e a Simbiosi, uma luminária de suspensão, desestruturada, com oito lâmpadas conectadas entre si por um fino cabo, e que podem ser dispostas conforme se pretenda. Ambos os candeeiros descobrem-se no recente espaço da marca italiana Davide Groppi, que se instalou na Rua Professor Jaime Rios de Sousa, no centro do Porto, após aberturas em cidades como Milão, Maiorca, Seul e Nova Iorque.
Groppi começou a desenhar e a produzir os primeiros objetos de iluminação no final da década de 1980, num pequeno laboratório na cidade italiana de Piacenza – onde também existe uma loja -, inspirado por “peças de arte”, “objetos de todos os dias”, “magia” ou, tão simplesmente, pela “vontade de brincar e de se divertir com a luz”. As peças do italiano, que também colhem ideias do design japonês e do escandinavo, tanto alumiam casas como lojas, museus e restaurantes pelo mundo fora, e algumas das suas criações foram distinguidas com prémios conceituados, caso do candeeiro Sampei, baseado numa cana de pesca, e do candeeiro recarregável TeTaTeT, ideal para iluminar uma refeição à mesa.
Estas são apenas duas das mais de 30 peças, produzidas em latão escovado, vidro, metal ou plástico, que estão presentes na loja com 88 metros quadrados, em pleno “quarteirão das artes”. Por lá, encontram-se ainda criações desenhadas em parceria com outros designers, como Omar Carraglia e Michele Groppi. Do primeiro, surge uma minimalista casa de pássaros luminosa, e do segundo, um curioso candeeiro cuja luz é projetada num disco transparente com efeito refrativo. Transversal a todas as peças é a pureza das formas, que lhes confere um design intemporal e um minimalismo que coloca todas as atenções naquilo que realmente importa: a luz.
Longitude : -8.2245