Já percorreu a estrada mais longa do país?

Fotografia: Rui Oliveira/GI
São 737 quilómetros de estrada a passar por fabulosas paisagens portuguesas, entre Faro e Chaves. De um fôlego só ou por estapas, percorrer a EN2 é um projeto com que se pode sonhar em 2020.

Entre Faro e Chaves são quilómetros e quilómetros de “lindas regiões vínicas, aldeias medievais” e outros encantos, assim a descreveu a revista de viagem Frommer’s no programa Good Morning America, no início de 2019. Tantas vezes comparada à célebre Route 66, a Estrada Nacional 2 (EN2) merece, efetivamente, o epíteto, pois além de ser a mais extensa do país – com 737 quilómetros, a terceira maior do mundo – não deve nada em beleza e riqueza de sítios à congénere americana. Outros até dirão que a supera, ou não estivéssemos a falar de Portugal.

Fotografia: Rui Oliveira/GI

De sul para norte, os primeiros quilómetros são feitos na companhia do oceano Atlântico, que só se avista entre Faro e Aljustrel. Depois, o seguinte troço pode fazer-se até Mora, já no Alentejo. Aí se estendem quentes planícies, assim como frescas barragens. Erguem-se montanhas, praias fluviais, centros históricos e edifícios de interesse público; recuperam-se heranças e tradições, partilham-se lições de história a céu aberto.

Bochechas de porco preto assadas no forno com migas, açorda de bacalhau com ovo, maranhos de porco, cabrito assado em forno a lenha, arroz de costela de vinha de alhos… Estes são só alguns dos tesouros gastronómicos a provar.

O asfalto continua do Alto Alentejo para a região centro, já no troço que se pode fazer entre Mora e Sertã, e convida a descobrir mais paisagens, todas elas diferentes e fascinantes. Quando o combustível de que se precisa é o do corpo, há autênticos tesouros gastronómicos para provar: bochechas de porco preto assadas no forno com migas; açorda de bacalhau com ovo; maranhos de porco; cabrito assado em forno a lenha; arroz de costela de vinha de alhos – só para citar alguns exemplos.

Continua-se pela nacional e passa-se por Vila de Rei, onde se encontra o centro geodésico de Portugal. E eis que Tondela encerra outro troço, continuando a EN2, a partir daí, em direção a Dão-Lafões e ao Douro serpenteante. São novos lugares, postais e tradições, como as olarias de barro negro, popularizado por Bisalhães quando foi considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade. As vinhas acompanham a viagem, claro, e há adegas, mesmo à beira da estrada, que merecem a visita. Chaves encerra, por fim, o quilómetro zero. Ou, quem sabe, um novo começo.

Fotografia: Rui Oliveira/GI

Fotografia: Rui Oliveira/GI




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