O que fazer, comer e visitar à volta das amendoeiras em flor, no Douro

As amendoeiras estão em flor em Freixo de Espada à Cinta. (Fotografia de Leonel de Castro/GI)
A partir de 26 de fevereiro, sábado, Freixo de Espada à Cinta celebra as suas amendoeiras em flor. Siga o roteiro da Evasões para ficar a conhecer melhor esta vila histórica do Douro.

Por esta altura, as amendoeiras estão já carregadas de flores brancas e rosadas que são sempre um chamariz para muitos passeios. Aliado aos percursos, a autarquia de Freixo de Espada à Cinta organiza uma feira nos próximos três fins de semana, com concertos, showcookings, torneios de jogos tradicionais como malha, pelota e raiola, exposições e uma feira franca.

Os próximos fins de semana são assim uma oportunidade para se conhecer melhor esta vila histórica do Douro, onde se bebe vinho de excelência e não falta boa comida. A programação das festas pode ser consultada aqui. Seguem algumas sugestões para ficar, comer e visitar.

 

COMER
ZONA VERDE
A experiência de emigração da família Araújo na Suíça está à vista no restaurante ZONA VERDE, que une gastronomia regional e comida de tradição italiana. O restaurante abriu em 2005, quando a família regressou à terra. José Carlos Araújo aprendeu a cozinhar com a mãe, que sempre trabalhou em restauração, depois por ter passado por um curso de cozinha na Suíça que não chegou a acabar. Está agora à frente do espaço, onde se servem pratos como postas de vitela, bacalhau, polvo, pizas, risotos, massas, piccata, saltimbocca ou lasanhas. Recentemente, o restaurante implementou o menu turístico para apresentar à mesa a tradição freixiense. É uma mesa farta feita de sopas de alho, alheira e chouriça grelhada, bacalhau assado, costeletão de vitela e vinho (20 euros por pessoa). Este menu convém reservar com dois dias de antecedência.

 

Chouriça e alheira regionais com grelos. (Rui Manuel Ferreira / Global Imagens)

Sopas de alho (Foto de Rui Manuel Ferreira/GI)

Costeleta de vitela (Rui Manuel Ferreira/GI)

FICAR
HOTEL FREIXO DOURO SUPERIOR
Sobranceiro à vila, o hotel está virado para o vale do Douro, onde nasce o Sol. Abriu portas no verão passado e é o primeiro quatro estrelas a instalar-se em Freixo. Com piscina interior, sauna, banheira de hidromassagem, quartos espaçosos com varanda, não deixa aqui nada ao acaso, incluindo o restaurante. O chef responsável Diego Ledesma, que está à frente do Cinta D’Ouro, também, na vila, convidou o seu conterrâneo espanhol Miguel Cotobal para gerir a cozinha do hotel. Aqui, come-se bacalhau, servido no forno com legumes e batatas ou com vinagrete e tomate, alheira ou ensopado de borrego com molho de amêndoa. Não falta também a posta de vitela tradicional.

O nascer do dia visto do Hotel Freixo Douro Superior. (Rui Manuel Ferreira/Global Imagens)

VISITAR
MUSEU DA SEDA E DO TERRITÓRIO

Antes de se chegar ao museu, percorra-se as ruas para se admirar as fachadas de estilo manuelino. Tantas que a vila é chamada de “a mais manuelina de Portugal”. “Estas fachadas só se podem entender com a expulsão dos judeus de Espanha, em 1492”, diz o historiador Jorge Duarte, técnico da autarquia. Sendo Freixo uma vila de fronteira, recebeu muitas famílias sefarditas. Como forma de distinção, porque tinham algum dinheiro, “decoravam as fachadas com a estética em voga na época”. No museu, é contada a história da terra, desde que era um pedaço de lodo do supercontinente Laurásia até ao século XX. Os vestígios dos primeiros humanos – que numa rocha junto ao rio deixaram gravado o que hoje é conhecido como Cavalo de Mazouco – os castros, a romanização, a vida rural, toda uma vasta história é abordada no museu.

Museu da Seda e do Território. (Rui Manuel Ferreira/Global Imagens)

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend