Como é que nos evadimos se não devemos evadir-nos? Como é que nos evadimos se a nossa obrigação e o nosso dever cívico nos impele a ficar em casa, em confinamento? No fundo, como é que nos evadimos se os restaurantes, os parques e os hotéis estão em modo de urgência? Uns fechados, outros limitados. A nossa vida está virada do avesso. Ainda assim, a equipa da Evasões, aliando a responsabilidade à criatividade, ciente de que mesmo aqueles que, por conselho médico ou necessidade de acompanhamento educativo, vão ter de enfrentar longas jornadas em contexto doméstico, quer acreditar que pode continuar a fazer-lhe companhia. A nossa missão é guiar os leitores pelo lado bom da vida e, mesmo neste cenário, o nosso nome continua a fazer sentido. Vamos procurar que as nossas páginas, em papel, todas as sextas-feiras, e na Internet, todos os dias e a toda a hora, continuem a ser portas e janelas para as evasões.
Ficar em casa não tem de ser necessariamente um calvário. A vida virada do avesso, a nossa, a dos nossos filhos e demais família, terá de ser ajustada à nova realidade. Conte connosco para nos adaptarmos, consigo, a estes tempos. A edição da próxima sexta-feira já deixará essa marca de ajustamento às rotinas que nos foram impostas por um vírus maldito. Faremos uma revista centrada em casa. Com mais noticiário de televisão, séries e cinema. Receitas de autor, dicas para arrumar os armários e a garrafeira, segredos para tratar das plantas, entrevistas e livros. Conselhos de como pode manter a boa forma física na sua sala de estar. E, naturalmente, informações úteis pensando na pequenada que promete infernizar a nossa paciência. Queremos acreditar que podemos continuar a desejar-lhe boas evasões, mesmo num contexto em que nos pedem para não nos evadirmos. Sim, é possível viver bem em casa. Onde quer que esteja, onde quer que nos leia, já sabe: boas evasões!
