Pedro Serra e Cátia Melo são o casal por detrás do CoolaBoola Colab, que abriu, há menos de um ano, na Praça do Comércio. O mesmo edifício que albergou o Hotel Commercio e outros negócios memoráveis da Baixa acolhe agora este projeto multifacetado: funciona como loja, bar de cervejas artesanais, restaurante e rooftop, além de barbearia e espaço de tatuagens, fruto de parcerias – daí o nome Colab. A pandemia obrigou ao fecho temporário de portas, mas a loja online continua ativa, e tem novidades: os kits quarentena.
São muito diversificados, os “kits 40ena” da CoolaBoola (termo que, nos Estados Unidos, designava algo espetacular e único). Há o kit barbecue, com grelhador portátil, para fazer patuscadas em família, na varanda ou no jardim; o kit cocktails, para criar bebidas em casa com ingredientes e ferramentas apropriados, dos xaropes e limas ao shaker; o kit festas de crianças, que inclui bandeirolas, jogos e brinquedos; ou o kit de beleza e saúde, composto por produtos da marca Benamôr, que a pele bem pode ressentir-se de tanta lavagem e desinfeção.
A oferta engloba algum new old stock, ou seja, artigos de fábrica ou que estiveram em loja, mas não chegaram a ser usados. Como provam as folhas de um jornal espanhol 1975 encontradas dentro de umas chuteiras.
O design retro e vintage é a grande aposta desta concept store, que tanto vende telefones coloridos e gira-discos como utensílios para desfazer a barba ou vestuário com história, para homem e mulher. Há vestidos, calças, casacos, sapatos e carteiras modernos, mas inspirados num estilo vintage e clássico. Por exemplo, peças das marcas Collectif Vintage London e Freddies of Pinewood, que remetem para as décadas de 1930 a 1960. A oferta engloba ainda algum new old stock, ou seja, artigos de fábrica ou que estiveram em loja, mas não chegaram a ser usados. As folhas de um jornal espanhol 1975 dentro de umas chuteiras provam isso mesmo.
Está tudo alinhado com os interesses de Pedro e Cátia, que cultivam uma estética mid-century. Ele era engenheiro civil, ela antropóloga. Conheceram-se em Coimbra, tinham gostos parecidos e começaram logo a pensar neste projeto, mescla dos seus mundos. Sentiam falta de um espaço assim, onde pudessem comprar uma prenda ou ter uma experiência mais emocional, a puxar pelas memórias, pela nostalgia. “As pessoas gostam de tocar nas peças, e toda a gente tem uma história para contar”, diz Cátia.
“A nossa missão é dinamizar a Baixa”, completa Pedro, que também é músico (responde pelo nome Portuguese Pedro) e responsável pelo Café Académico. Quando o isolamento for quebrado, continuará a bater-se para levar mais gente à Praça do Comércio, “a praça mais bonita de Coimbra”.
Cerveja artesanal: das provas ao fabrico doméstico
No rés-do-chão do CoolaBoola Colab há um bar dedicado às cervejas artesanais e uma loja com diversas opções, em garrafa e em lata. Muitas delas são portuguesas, e mesmo regionais. Não faltam as cervejas da marca Praxis, de Coimbra, incluindo uma que leva o nome artístico de Pedro Serra: Portuguese Pedro. Enquanto as portas estiverem encerradas, as cervejas são enviadas para casa e até fazem parte de alguns kits quarentena, que convidam ao seu fabrico e degustação no lar.
Eventos culturais
Os eventos e experiências são uma aposta do Coola Boola Colab, que conta realizar espetáculos de música, poesia ou teatro, em breve, via Facebook e Instagram. O objetivo é animar quem está em casa e ajudar os artistas, através de donativos.
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