Cinfães: esta aldeia ribeirinha deu um mini documentário

Pedro Sá procura divulgar a sua aldeia: Pias, no Vale do Bestança, em Cinfães. Fotografia: Artur Machado/GI
Pedro Sá, fotógrafo apaixonado por Pias, onde nasceu, fez um mini documentário para dar a conhecer a beleza e as tradições daquela povoação, no Vale do Bestança, em Cinfães. “Raízes da minha aldeia”, que está disponível no YouTube, tem pouco mais de 12 minutos, mas é fruto de 18 meses de trabalho.

O mini documentário “Raízes da minha aldeia” (que pode ser visto aqui) centra-se em Pias, aldeia ribeirinha pela qual Pedro Sá nutre grande paixão. O fotógrafo e leitor da Evasões já tinha partilhado na revista os encantos do seu ninho, no Vale do Bestança, e continua empenhado em pôr a povoação no mapa de cada vez mais pessoas.

“Valorizar e preservar a aldeia sempre foi o meu objetivo principal”, explica Pedro, que faz visitas guiadas por carolice, esconde cashes para atrair lá praticantes de geocashing (uma espécie de caça ao tesouro), alimenta o blogue Aldeia de Pias e tem procurado recuperar tradições locais, com outros moradores.

Pedro Sá é leitor da Evasões e já havia conduzido um roteiro pela sua terra.
Fotografia: Artur Machado/GI

Pias fica na foz do Bestança, afluente do Douro que nasce na serra de Montemuro e é tido como um dos rios mais limpos da Europa. Tem diversas casas senhoriais, duas capelas, moinhos, levadas, um centro interpretativo e um parque de lazer. E agora está no centro de um mini documentário assinado por aquele filho da terra.

Apresentar em apenas 12 minutos a realidade da nossa aldeia, tanto para as gerações futuras como para possíveis interessados em conhecer esta região”, foi o objetivo de Pedro Sá, que ali retrata as principais festividades e tradições de Pias, ao longo do ano. Também por isso, precisou de 18 meses para completar a obra.

Durante 12 meses, foram captadas imagens das atividades em causa, sem encenações. Lá estão os festejos de enterro do ano velho, os preparativos para o entrudo, as celebrações de Páscoa, as vindimas ou o pão feito no forno a lenha, com farinha do moinho local. Seguiu-se meio ano para fazer a edição, ajustes, mais gravações e a escrita para a locução, a cargo do amigo António Remuge. Já a tradução para língua inglesa foi de Nuno Costa, outrora professor de Pedro na Escola Secundária de Cinfães.

As pias que explicam o nome da aldeia.
Fotografia: Artur Machado/GI

O trabalho foi lançado há cerca de um mês, já com o país de quarentena, não por acaso. “Em princípio, a estreia seria em algum evento público, mas decidi aproveitar esta pandemia para a fazer, de forma a valorizar ainda mais as gentes e os locais do nosso país, numa mensagem de esperança para Cinfães e para Portugal“, explica Pedro Sá. “Estas imagens fazem-me recordar momentos de muito trabalho, esforço, dificuldades e dedicação; mas sobretudo momentos de alegria, união e conquista. E é nesses momentos que temos de pensar”.




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