Viseu: O que comer, ver, comprar e onde dormir

Percorra a fotogaleria para ver lugares onde comer, passear, comprar e dormir.

(Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

VISITAR

Cava de Viriato

É gigante. Tão gigante que só numa vista aérea se tem noção da sua dimensão. Ou então caminhando pelo dorso dos seus taludes, que formam um octógono perfeito, com 2 quilómetros de perímetro. A Cava de Viriato é um dos grandes enigmas da história de Portugal. «Ninguém sabe quem a construiu nem com que propósito», explica Fátima Sobral, arqueóloga e fundadora da agência de turismo temático Neverending – a companhia ideal para descobrir este tesouro patrimonial. Há teorias para todos os gostos – com lusitanos, romanos e mouros, consoante a narrativa – mas, segundo Fátima, a mais corrente envolve o primeiro rex portucalensis e o projeto de uma capital que nunca chegou a existir, no século X. Para saber mais, nada como falar com a Neverending.

(Fotografia: Fábio Poço/Global Imagens)

COMER

Palace

Cozinha petisqueira criativa é a marca do Luís Almeida. Coisas como choco panado com molho de iogurte e lima, chamuças de sardinha, croquetes de alheira, que Viseu não é só comida de sustança (mas também a é, e nisso merece conferência, por exemplo, o A Budêga, na Rua Direita do lugar de Santiago). O chef de Coimbra pensou a carta em torno do gosto – e, sempre que possível, ao produto – local, com manifesto favoritismo para os vinhos do Dão, representados em maioria numa casa que também o vinho como decoração. E como coração: «Temos o vinho no sangue», defende Luís.

(Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

COMPRAR

Anda ver Viseu

«Mostrar o que Portugal tem de melhor, conciliando o tradicional e o local com o moderno e o nacional» é o ponto de partida da marca criada por Cláudia Antunes e Jorge Amaral – ela designer gráfica, ele arquiteto e decorador. Na sua pequena loja, a dois passos da Praça D. Duarte, têm a montra palpável de um negócio que também funciona online. Lá dentro, cabem cogumelos de conserva, chocolates da local Delícia, trufas de touriga nacional, mas também cadernos perfumados, peças de vestuário e a coleção própria Walk With Art, que junta calçado, carteiras e acessórios estampados com património gráfico popular – são best-sellers os ténis com os painéis de azulejos do Rossio de Viseu.

(Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)

PASSEAR

Arte urbana

Em Viseu, maio é mês de arte urbana: a cada edição do festival Tons de Primavera, iniciado em 2015, a cidade ganha uma nova leva de intervenções no espaço público que vem enriquecer um roteiro já de si substancial e merecedor de atenção. Aliás, é preciso andar muito desatento para não reparar nos murais que ocupam empenas de prédios, fachadas, até muros de vinhas em redor da cidade. No website do evento há um roteiro – pretexto perfeito para um passeio a pé – com mais de quarenta obras assinaladas. É obra.

(Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)

LANCHAR

Velvet Cupcake & Coffee

Quando trocou o ensino pela doçaria, Marina Rebelo tinha uma certa: «Não queria abrir uma pastelaria convencional.» Portanto, numa cidade onde não havia falta de bolos de costume, Marina apostou em criações suas, com muito fogo de vista mas, sobretudo, combinações irrecusáveis de paladar, textura, leveza e sabores. Tartes à fatia (banoffee, cheesecake e por aí em diante), bombons, cake pops, brownies, minipavlovas e cupcakes mesmo para quem acha que já está farto de cupcakes. Tudo feito na pequena cozinha ao fundo da sala – de onde saem também os gelados artesanais com sabores locais, feitos por Pedro Teixeira, marido de Marina e segunda metade da sociedade.

(Fotografia: DR)

FICAR

Casa da Sé

Augusto Hilário, João Torto, D. Ramiro II. A descoberta começa logo nos nomes dos doze quartos, todos de personagens históricas ligadas a Viseu – umas mais célebres, outras mais obscuras, e por isso mais curiosas. Mas a história não se esgota nas histórias. Até porque a Casa da Sé fica no coração da parte antiga da cidade, na Praça D. Duarte, à beira da Sé e do Museu Grão Vasco. Depois, porque as suas paredes – e prateleiras, aparadores e tudo mais – são mostruários de arte antiga, entre quadros, móveis de madeiras raras, esculturas. Ou não tivesse esta casa mão de antiquário, o proprietário Agostinho Matos, que tem também uma loja no piso térreo. Sobre os quartos? Além do requinte palaciano que se espera, há conforto, tranquilidade, espaço. E o centro histórico logo ao limiar da porta.