No Bétula Studios dorme-se às portas do Parque Natural do Montesinho

Os estúdios do Bétula Studios ficam rodeados de um bosque de carvalhos. (Fotografia: DR)
No lugar onde António e Ana escolheram “viver o dobro”, criaram um conjunto de estúdios de onde se pode partir para explorar o Parque Natural de Montesinho. E ainda a cidade do castelo, que fica apenas a 8 quilómetros e uma rápida viagem de carro.

A cidade de Bragança, com toda a sua animação, fica a poucos minutos de carro, mas quando se acorda num dos quatro bungalows do Bétula Studios apenas se vê o paraíso do Parque Natural do Montesinho a convidar-nos a encher o peito de ar limpo. Compreende-se a decisão dos autores deste novo alojamento em trocar a vida urbana, no Grande Porto, há dez anos, por este lugar.

Os dois filhos eram muito pequenos quando Ana Pedrosa, jornalista, e António Sá, fotógrafo, se instalaram na aldeia de Lagomar, depois de procurarem ninho em várias paragens do Nordeste transmontano. Acabaram por escolher Bragança, e a cidade abraçou a sua nova família. “Os nossos filhos andam na escola, na música, no desporto e nós temos vida cultural, vamos a concertos, ao teatro”, conta Ana Pedrosa.

A vantagem da comunidade mais pequena é que conseguem criar mais proximidade com esses eventos e, às vezes, com os próprios artistas. Adaptaram o seu saber fazer ao meio: António continua a ser fotógrafo, mas fotografa outras coisas; Ana continua a escrever, mas trabalha em projetos mais locais. Foram sentindo que precisavam de outra âncora e uma oportunidade financeira levou-os a investir no turismo.

Num terreno contíguo à casa da família, foram construídos os Bétula Studios, quatro bungallows de traça moderna e certeira inserção na paisagem, à laia de varandas sobre o arvoredo. Quando a Evasões visitou Lagomar, o Montesinho cantava o final da primavera, estendendo-nos os braços cheios de papoilas e rosmaninhos de vibrante vermelho e roxo.

Ana e António levaram-nos do monte para preencher as bordas dos caminhos que levam aos quatro estúdios, que têm o nome das quatro estações do ano, em homenagem às variações da paisagem ao longo delas – e com alguns atributos nelas inspirados. Os Studio Inverno e Outono, por exemplo, têm salamandra na sala.

(Fotografia: DR)

Todos os quatro estúdios, decorados com acolhedora simplicidade, têm um quarto com cama de casal e apenas um não tem um sofá-cama na sala. Em termos de ocupação, isto significa que podem albergar até três adultos ou dois adultos e duas crianças. Na kitchenette, há alguns ingredientes básicos (azeite, café, açúcar) e é deixado, à chegada dos hóspedes, um cesto com vinho, pão regional, manteiga, compota caseira e leite (ou alternativa vegan).

O vinho poderá ser saboreado na varanda ao pôr do sol, fazendo planos para explorar o Parque Natural do Montesinho. Será boa ideia pedir ideias a Ana e António, porque têm boas sugestões e também porque é um prazer conversar com este casal que garante “gastar metade e viver o dobro” desde que se mudou para Trás-os-Montes, sendo esse o nome do blog que Ana criou.

 

Sem TV

Parece uma ausência, mas a verdade é que ela assenta no montesinho como uma luva. Nos bétula Studios não há televisor, mas há cadeiras confortáveis e muitos livros à disposição dos hóspedes, entre eles obras de fotografia e arquitetura.

 

Bétula Studios
Rua Nossa Senhora da Lapa, 27, Lagomar (Bragança).
Tel.: 960237459
Web: betula-studios.business.site
Preço: a partir de 85 euros/estadia mínima de 3 noites (julho e agosto), sem pequeno-almoço incluído




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