Há quase duas décadas e meia que esta casa senhorial funciona como um quatro estrelas às portas de Vila Real, mas a história do Hotel Quinta do Paço começou ainda no século XIX, quando um elemento da corte se mudou para esta cidade, por aqui casou e construiu este espaço de sete hectares como segunda morada ou casa de férias.
Quem conta a história é Pedro Lisboa, que gere o hotel nos dias que correm em ambiente familiar com a mulher, Lénia, o irmão Hugo e a cunhada Matilde, seguindo os passos dos seus pais, que sempre estiveram ligados à restauração em Vila Real, e que adquiriram o espaço nos anos 1990.
Pelos corredores comuns, espalham-se 35 quartos singles, duplos e suites familiares que podem juntar até quatro pessoas e novos quartos comunicantes, “perfeitos para famílias”, explica Pedro. Metade tem varanda e estão todos virados para a zona rural e campos agrícolas nos arredores de Vila Real, avistando-se rebanhos e ouvindo-se o galo de manhã. À semelhança das práticas amigas do ambiente do hotel, também a decoração reduz o desperdício, com a renovação de peças de mobiliário antigo nos quartos.
Nas zonas comuns do Hotel Quinta do Paço, que recebe casamentos e batizados o ano inteiro, destaque para as salas de estar com sofás e lareira, os campos de ténis, a capela, a piscina exterior e a recente horta com legumes da época, criada na pandemia. Pelos jardins, contam-se oliveiras, limoeiros, cerejeiras, nogueiras e roseiras e um antigo espigueiro, além das vistas desafogadas sobre Vila Real e as serras do Marão e do Alvão.
No piso térreo, a cozinha do restaurante é comandada pela mãe de Pedro, Manuela, que aqui confeciona pratos como medalhão do maronês com Queijo da Serra, a posta à maronesa e o polvo à lagareiro, além da sua bola de carne, do cabrito e do magret de pato com molho de frutos silvestres. No restante tempo livre, há atividades como roteiros pelo Douro, passeios pedestres e de BTT pela serra ou apanha da fruta na propriedade.
Uma sugestão para visitar nas proximidades:
A 17 quilómetros daqui, fica um dos ex-líbris naturais da zona. Na Serra do Alvão, as Fisgas do Ermelo são uma cascata de 250 metros, no rio Olo, e pode chegar-se lá com um trilho sinalizado e circular que começa e termina na aldeia de Ermelo.
Longitude : -8.2245