The Indy House
Confortável e independente
As doze caixas de correio originais ainda estão na parede, mas já não guardam as cartas enviadas para os moradores do Palácio da Bombarda. Deram lugar a objetos decorativos que, apesar de parecerem desgarrados em relação a tudo o resto, são uma pista para compreender o design de interiores do The Indy House, que abriu em agosto de 2017.
A entrada neste palacete do século XIX também já não se faz pelas nobres e pesadas portas de madeira que dão acesso a um átrio de pedras em xadrez – faz-se pela porta do lado, o que por si só não é menos agradável. Há uma mesa com pipocas, vinho, sumos, bolos, pão e batatas fritas de cortesia e um sorriso no rosto de quem está na receção.
Informalidade é a palavra certa para descrever o ambiente do The Indy House, assente no conceito de “hospitalidade criativa”, explica Marta de Sotto Mayor, diretora de vendas e marketing do grupo The Independent Collective. Os quartos têm o conforto de um hotel e a fruição do espaço é mais prática e independente.
Quer isto dizer que cada hóspede serve-se a si mesmo de pão, cereais, compotas, iogurtes, fruta, sumos, chás ou café ao pequeno-almoço – que vai sendo reposto entre as 07h30 e as 12h – e se for necessário pode comunicar diretamente com o staff através do Whatsapp. Cada um dos cinco pisos tem duas cozinhas partilhadas.
Neles distribuem-se 34 quartos, cinco apartamentos T1 e um apartamento T2, todos com Netflix disponível na televisão. A decoração, também nas salas interiores, tem um toque vintage e destaca-se pelos papéis de parede com padrões geométricos, tucanos, papagaios e flamingos a clamar por uma foto no Instagram. Há também pormenores inesperados, como lavatórios e sanitas antigas a servir de vasos de plantas, e um pátio interior.
Quinta Colina
A nova vida do palacete
Foi a história do Palacete dos Leões Dourados que inspirou Gezo Marques e José Aparício Gonçalves – da muito conhecida Oficina Marques – no projeto de design de interiores da Quinta Colina, a mais recente guesthouse do Grupo Shiadu (que já tem sete deste género espalhadas por Lisboa e Porto). Quem dá as boas-vindas aos hóspedes, depois dos simpáticos membros do staff, é um leão alado feito com peças de madeira e outros materiais.
Fábio Martins, responsável pela guesthouse, aponta para o painel do leão e para muitos outros pormenores para ilustrar o charme da Quinta Colina, em que não falta um busto de Luís de Camões num dos armários. Coincidência? Ao que se sabe, o poeta terá sido sepultado na Igreja de Sant’Ana, próxima da casa onde vivia a sua mãe, na rua deste palacete. Do outro lado da estrada fica a Igreja da Pena, e quem quiser partir à descoberta da zona pode pedir um mapa na receção.
As camas desta guesthouse garantem o repouso merecido depois de um dia a explorar a cidade. Quer se fique alojado num quarto económico ou num standard, standard com vista, triplo, superior ou na penthouse, estão garantidos o conforto e um ambiente entre o antigo e o moderno. Há quartos com acesso direto a um pequeno pátio e um terraço com espreguiçadeiras e vista desafogada para o Castelo de São Jorge, Convento da Graça e o Miradouro de Nossa Senhora do Monte.
A escadaria, toda recuperada, é impactante, mas quem fica alojado na penthouse tem um elevador privado para subir até ao quinto andar. As comodidades incluem duas camas de casal, uma sala, casa-de-banho e kitchenette engenhosamente dispostos para aproveitar a luz natural. O pequeno-almoço toma-se das 07h30 às 10h30 numa sala decorada com ilustrações da marca portuguesa Lapo, onde à tarde se pode petiscar uma tábua de queijo e um copo de vinho.
My Suite Lisbon
Sossego no Príncipe Real
A história deste lugar começou a escrever-se há cinco anos, quando um grupo de arquitetos comprou o edifício, do século XVII, e o transformou num alojamento local. Quando o imóvel passou para as mãos da PHC Hotels – Portuguese Hospitality Collection (que tem o Hotel Mundial e o Portugal Boutique Hotel), a filosofia mudou completamente, com a aposta em 15 suítes de várias tipologias.
Tenham varanda, jardim privado, vista para a cidade ou para o jardim interior, todas seguem a linha condutora da funcionalidade, dispondo de cozinha totalmente equipada, minibar, cafeteira ou chaleira, produtos de higiene da Castelbel, televisão, ar-condicionado e sinal de internet na sala. A pedido, há serviços adicionais, como pedir para que a roupa seja lavada e engomada.
A área comum mais convidativa é o jardim secreto que se abre no final do corredor, equipado com mesas e cadeiras para ali se ficar a beber um vinho com uns petiscos. À volta tudo é vegetação, e há inclusive um pequeno e refrescante lago com peixes. Na suíte premium – onde podem dormir até quatro pessoas, duas delas em beliches – também há um pátio.
Dona Graça
Apartamentos cheios de graça
“Apartamentos com sotaque lisboeta”, assim se apresentam as acomodações do Dona Graça. Três amigos de áreas distintas abriram este espaço, há um ano e meio, depois de recuperar um edifício do século XIX com três pisos, e o resultado está à vista: oito apartamentos cheios de personalidade e com Lisboa revelada nos detalhes.
As varandas de desenho pombalino são um bom exemplo da recuperação do edificado. A utilização da pedra lioz tradicional, também, assim como o mosaico de design mourisco que reveste o chão das casas-de-banho. Nada foi deixado ao acaso para tornar estes apartamentos (com quarto, cozinha e sala) confortáveis.
O conforto traduz-se em mantas da Chicoração sobre os sofás, amenities da Castelbel e louça da Bordalo Pinheiro para servir o pequeno-almoço. Surpresa das surpresas, no Dona Graça também se pode mergulhar numa piscina e apanhar sol no jardim com limoeiros, laranjeiras e videiras.
Longitude : -9.133118200000013
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