Dia do Pai: atividades inesquecíveis em Lisboa

O Belarmino é apenas uma das barbearias onde pai e filho podem comemorar o o dia. Saiba de outros locais e sugestões em Lisboa

Barbearia Oliveira

Nesta casa centenária, a barba ainda se faz à navalha se o cliente assim o quiser. Clientes esses que já lá vão, alguns, há mais de 50 anos. «Existem gerações inteiras de clientes fiéis», conta o proprietário, Bruno Oliveira. «Nós tanto fazemos um corte clássico, como outro inovador; eu dou formação aos barbeiros mais velhos e também aprendo imenso com eles, pelo que atendemos qualquer tipo de pessoa.» E há também Porcina, senhora de 86 anos com espírito de menina, que faz as unhas aos senhores desde há 54 anos. É ela quem dá alegria a este espaço que mantém o mobiliário original – cadeiras, armários e espelhos – e o ambiente vintage. Bruno pegou na casa há apenas dois anos, mas já é conhecido no bairro. Não apenas pelo bigode irrepreensível, mas também pelo trabalho comunitário que tem feito junto dos sem-abrigo. Consta que já mudou vidas apenas com um bom corte de cabelo. E, pelo meio, faz ainda novas tendências para marcas portuguesas.

Jesus é Goês

Eis uma sugestão de cozinha indiana, só para os corajosos e amantes do picante, mesmo muito picante.Por uma questão afetiva, escolhemos Jesus é Goês, ou não tivesse Goa influência lusa. Jesus Lee Fernandes, o chef, não é apenas um nome prosaico; ele é também um entendido nestas lides, sendo que os amantes de comida que pica na língua e aquece a alma nunca saem desiludidos com as chamuças, o xec xec de caranguejo ou o xacuti de cabrito.

Para marinheiros de primeira viagem, apenas uma última dica a fechar: a água nunca é o melhor remédio para aliviar o ardor provocado pelo picante.

Chimera Brewpub

Parece quase um sítio secreto, de teto abobadado em tijolo-burro e luz reduzida, no antigo túnel de acesso às cavalariças do Palácio das Necessidades. Lá dentro há um pub de ambiente familiar, onde música, boa comida e cerveja artesanal andam de braço dado. Na cozinha, por detrás do balcão e em redor das panelas de fermentação está Adam Heller, chef e apaixonado confesso pelo mundo cervejeiro. Daí que tenha trocado a cozinha do restaurante Chimera por este projeto a meias com a mulher, Raquel Nicoletti, que a um tempo assegura o serviço de sala e parte da música ao vivo. Na carta, para acompanhar as cervejas (umas criadas por Adam, outras de marcas nacionais como Musa ou a Letra), há comida de pub ao estilo deli nova-iorquino, como sanduíches de pastrami ou de porco desfiado.

Dois Corvos

Mesas corridas, um mural ao comprimento da sala, ambiente de convívio em redor de boas cervejas e petiscos. À primeira vista, pode parecer um bar, mas trata-se, afinal, de «um sítio de trabalho», esclarece a fundadora Susana Cascais, para que não se confunda a tap room da Dois Corvos com uma morada de animação noturna. Da dúzia de torneiras que saem da parede corre apenas cerveja produzida na casa. Ali mesmo, do outro lado do balcão e à vista de toda a gente numa fábrica de método artesanal, porém com uma escala considerável – 10 mil litros por mês. À pressão, além da gama comercial da Dois Corvos, há também cervejas de «edição limitada», como agora a Russian imperial stout Viúva Negra ou a Ordinary Wheat.

Downunber by Justin Jennings

O panorama tem vindo a mudar aos poucos, tanto que hoje, em Lisboa e arredores, não é complicado achar quem nos sirva zebra, canguru ou até cobra pitão. Vai uma aposta?

Começamos logo por uma novidade, o DownUnder, do chef australiano Justin Jennings. Instalado em São Bento, este restaurante busca inspiração nos antípodas e faz gala em ter entre as suas opções carnes cruas e grelhadas ricas em ómega 3 e com pouca gordura, como é o caso da de canguru, servida em tártaro (com caviar de trufa) e em bifes. Outra sugestão inusitada, ou não tanto assim, é a de crocodilo crocante com salada de rúcula e molho nahm jim.

Kartódromo Internacional de Palmela

É seguro, é bem mais barato do que andar de Lamborghini – alugar um kart de 160cc durante 45 minutos no Kartódromo Internacional de Palmela, um dos melhores do país, custa 30 euros – e é divertido. Muito divertido. Sobretudo quando se opta por uma corrida em família ou com um grupo de amigos. De Palmela a Portimão, de Braga a Bragança, de Évora a Fátima, de Odivelas a Olhão, quase não há cidade que não tenha o seu kartódromo. E quase todos organizam corridas com princípio, meio e fim. Que é como quem diz, treinos livres (para que os pilotos se adaptem à pista), treinos cronometrados (para escalonar a grelha de partida) e corrida.

Matriz Pombalina

Neste bar especializado em cocktails na Madragoa, existe a possibilidade de fazer uma degustação de whiskies escoceses de malte em copos de 2cl, são eles: The Glenlivet 12 anos, Talisker 10 anos, Singleton 12 anos, Knockando 12 anos, Caol Ila 12 anos e Lagavulin 16 anos. Fora isso, e à la carte, destaque para os cocktails de whisky a 9 euros, como o Obama (um exclusivo da casa) ou o Rob Roy (whisky escocês e Martini Rosso), e treze marcas, com preços entre 7 e 30 euros, provenientes de Escócia, EUA, Irlanda e Japão.

Bar do Ritz

Cientes de que as modas vão e vêm, vários bares proporcionam agora cartas mais alargadas de whiskies pois perceberam que, à semelhança do que aconteceu com outras bebidas, o público, sobretudo o masculino, quer ter por onde escolher e, se possível até, estabelecer comparações.

Entre as opções disponíveis em Lisboa, destaca-se o Ritz Bar, no hotel Ritz. Ponto de encontro na cidade, este bar de hotel, com decoração sóbria de Pedro Leitão, é muito procurado para refeições ligeiras, mas que ninguém subestime a sua função primeira. A carta de whiskies é disso prova, ao incluir vinte opções repartidas por Japão, Irlanda, Canadá e Estados Unidos, com preços entre os 12 e os 34 euros.

Tap Dance Center Lisbon

A escola nasceu há três anos, pelas mãos (e pés) de Michel, bailarino francês a viver em Portugal há mais de 30 anos.

Se esta escola tem pouso fixo, junto à Escola de Dança do Conservatório, o Tango na Rua é tal e qual o nome diz. Um aluno (também francês) começou a dançar o estilo argentino junto das ruínas do Carmo e a prática acabou por continuar, mesmo depois do regresso ao país de origem. As milongas já vão quase na 500.ª edição e acontecem todas as quartas, a partir das 21h30, em diferentes locais, que podem ser consultados no blogue. «Temos pais e filhas a dançar e estamos sempre a trocar de pares. Qualquer um é bem-vindo», convida Alexandra Rua, que gere o Tango na Rua com Lino Silva.