Independente da cabeça aos pés na roupa, nos acessórios e na forma de pensar, Sebastião Melo, 31 anos, não podia incorporar melhor o espírito da Baiwho, a nova loja do bairro da Estrela. Formado em marketing e publicidade, passou por vários projetos até se juntar à amiga Madalena Burguete, formada em design, durante a pandemia. Fundaram juntos a Goat Wearable Culture, inspirada em ícones do hip-hop, e com o projeto firmado online, decidiram criar uma loja para marcas como a deles.
Na montra da loja surgem t-shirts, sweatshirts, bonés, gorros e casacos com design minimalista e os perfis dos artistas bordados a cores – “tudo produzido em algodão orgânico e de forma sustentável”, diz Sebastião -; bem como óculos de madeira da Pica-Pau; meias coloridas da Chulé; e cerâmicas utilitárias em resina natural da Ann Design. Nenhuma marca se canibaliza na oferta: a Jotrip, por exemplo, vende calções, calças, quimonos e roupões inspirados em destinos do mundo.
Uma das paredes no interior está dedicada aos loafers (sapatos) da portuguesa Itza, produzidos à mão por artesãos a partir de tapetes turcos de kilim. Por ora são seis as marcas presentes na Baiwho, mas a ideia é haver sempre espaço para mais. A mesma lógica aplica-se aos artistas convidados: neste momento é Binau que empresta a sua arte visual de estilo trash-pop; no próximo mês pode ser outro artista. A sala de baixo pode receber vários eventos, como workshops, entre outros.
“As pessoas chegam aqui e percebem que podem vir beber um café e de repente conhecer um artista, ver um espetáculo de stand-up comedy e comprar um presente para uma data especial”, diz Sebastião. Ao balcão ou na esplanada, a oferta de bebidas é igualmente independente. Há refrigerantes da Fritz-Cola, cerveja IPA Gyroscope da OPO 74 e sidra biológica Galipette, por exemplo, e alguns snacks para picar. Os patudos como o Waka, de Sebastião, são também muito bem recebidos na loja.
Longitude : -8.2245