PALÁCIO CHIADO
Novo bar num palacete histórico
No piso térreo do Palácio Chiado, que soma três séculos no coração do Chiado, surgiu um novo e luminoso bar. Nesta SALLA, há petiscos de várias influências, música e cocktails de autor.
O palacete mais vistoso da Rua do Alecrim, que soma três séculos de história ligados à aristocracia, condes e barões, surge agora um novo bar no piso térreo. O SALLA é o espaçoso e luminoso espaço que junta petiscos sem horários, cocktails de autor e música de DJs residentes, de quintas a sábados ao fim da tarde.
Mantendo o ambiente cosmopolita e descontraído do Palácio Chiado, às novas mesas chegam agora petiscos com inspirações em várias latitudes, como ostras ao natural, taças de guacamole e nachos, camarão salteado com sweet chilli e guacamole, crocante de porco ibérico confitado com sweet chilli e molho de trufa, taquitos de lagosta, sliders (pão rústico crocante) de cabrito assado e, claro, a tábua que junta queijos nacionais e enchidos Pata Negra 100% bolota. Propostas ecléticas e práticas confecionadas pelo chef Manuel Bóia, que assume também a carta do restaurante no piso superior, agora único e transversal a todas as salas.
Ao balcão ou pelas mesas, provam-se ainda os novos cocktails de autor, que homenageiam o cinema e as séries. Casos do Narcos (tequila, sumo de ananás, sumo de lima, xarope de malagueta e mel) e do Pulp Fiction (pisco, sumo de toranja, licor de maracujá, sumo de lima, xarope de baunilha). Havendo tempo e sede, vale a pena provar também um clássicos da casa, o bestseller Palácio Chiado (rum branco, polpa de maracujá, vermute, sumo de limão, xarope de açúcar). NC
Homenagem
O nome do novo bar, que surge escrito em letras neón garridas atrás do balcão, é uma homenagem a Félix Salla, responsável pelo projeto de ampliação do palacete em 1822.
UM ELÉTRICO CHAMADO TÁGIDE
Um largo com petiscos de chef
Este bar, inspirado no Elétrico 28, anima o Largo da Academia Nacional de Belas Artes com happy hours e petiscos da autoria do chef Guilherme Freire.
As Tágides, ninfas do Tejo, inspiraram Luís de Camões a escrever a epopeia d’Os Lusíadas, e o elétrico 28, que passa perto do Largo da Academia Nacional de Belas Artes, no Chiado, inspirou Suzana Barros de Brito a criar este quiosque, decorado por uma aluna finalista do curso de Design e Comunicação daquela escola. Volvidos quatro anos, o Elétrico Chamado Tágide mantém-se uma das esplanadas mais “cool”, combinando petiscos de chef com cerveja, cocktails e vinho a copo.
A esplanada, em socalcos de calçada portuguesa e com sombras naturais, é uma extensão do restaurante Tágide, no outro lado da rua, e um lugar ao sol para o chef Guilherme Freire brilhar com uma carta “mais ligeira, descontraída” e criativa. A norteá-lo estão as cozinhas mediterrânica e asiática, com forte pendor para o Japão, que adorou visitar. Disso são exemplo as gyosas recheadas com papada de porco preto, cogumelo shitake, couve e gengibre e com molho de soja, e que são já um best-seller.
Menos consensual, mas repleto de sabor, é o kimchi, uma couve fermentada ao estilo coreano. “A ideia foi criar petiscos que a cerveja acompanhe bem”, explica o chef. Igualmente marcantes são os sabores do escabeche de cogumelos portobello, do farce fine (uma espécie de salsicha de peixe) com puré de alperce e do couscous de cavala curada com laranja e hortelã, numa clara incursão pelos sabores do norte de África. Quem não quiser escolher, pode entregar-se ao menu do dia (prato, bebida e café) que custa 9,50 euros. AR
Happy-hour
Das 16h às 17h, a esplanada tem cerveja a um euro; e das 16h30 às 18h, oferece o segundo copo de vinho e 50% de desconto na compra de um segundo cocktail.
LULU
Petiscos e cocktails com sabor aos anos 1920
O novo bar de cocktails e petiscos Lulu, em Santos, inspirou-se na multifacetada Mary Louise Brooks que agitou a sociedade nos anos 1920 e foi redescoberta pela crítica décadas depois.
Sofás escuros, mesas baixas, cadeiras cor-de-rosa e verde escuro, neons laranja, paredes forradas a vidro e candeeiros art déco. São assim as salas do Lulu, com chão de mármore em padrão geométrico, tudo interpretação do arquiteto Duarte Caldas a partir do que foram os ambientes dos anos 1920. A inspiração deste novo bar (onde era o antigo Vaca Louca) foi a personalidade de Mary Louise Brooks, uma atriz, modelo, bailarina, colunista e figura polémica norte-americana que popularizou o corte de cabelo curto e liso, nos anos 1920.
Louise usou esse mesmo corte quando interpretou Lulu no filme noir “A Caixa de Pandora” (1929), cujo realizador – Georg Wilhelm Pabst – é lembrado num cocktail com rum, whiskey fumado e ananás. Os outros cocktails de autor (11 ao todo) inspiraram-se em mulheres icónicas como Jane Fonda, Lena D’Água e Cindy Lauper. A eles junta-se uma carta de comidas igualmente versáteis, pensadas para comer com as mãos e partilhar, ao som de música alta.
Há croquetes de borrego com puré de castanha; carapaus alimados em tostas; terrina de faux gras e outras sugestões como mini bife wellington e duck & waffle de pato confitado, ovo de codorniz frito e waffle com xarope de mel e rum. Tudo o que sai da cozinha é resultado criativo e técnico da cozinheira Sofia Correia, vinda do Sal e Coentros. Enquanto se está à mesa, as luzes vão criando novos ambientes e convidam a entrar na sala interior, preparada para ser, em breve, pista de dança (para já, há DJ à terça, quinta e sexta). AR
Ritual do absinto
O sabor dos anos 1920 ganha significado com o ritual La Louche (disponível na carta), que consiste em derreter um cubo de açúcar para uma taça de absinto.
SALTA
Cocktails com comida asiática e da América Central
O Salta, aberto em maio perto do Marquês de Pombal, propõe uma “experiência sensorial” com sabores asiáticos e centro-americanos, e obras de arte nas paredes.
O mapa-mundo “invertido”, com a região do Pacífico no centro, ilustra bem por que territórios se move o Salta, abreviatura de Saltapatrás – o nome que se dava à etnia resultante da junção entre os Chinos (asiáticos levados para a América) e os Índios (nativos) na América colonizada pelos espanhóis. Mas é uma união de culturas amistosa a que aqui se propõe, ou não fosse o restaurante resultado de uma amizade entre Tomaz Reis, Maurice Lisbona, Pedro Lopes e Rafael Almeida.
Ricos em experiências na hotelaria, restauração e eventos mundiais e com passados vividos em Sydney, Nova Iorque, Londres, Barcelona, Copenhaga, São Paulo e muitos outros lugares, os quatro amigos verteram no Salta uma ideia gastronómica cosmopolita e descontraída, traduzida numa carta de pequenos pratos para partilhar, feitos por Pedro e Tomaz. A acompanhá-los, saem do bar oito cocktails “equilibrados e ecléticos” da autoria da chefe de bar Andressa Michels.
Da carta pode pedir-se tacos de Pato à Pequim, ceviche de vieiras japonesas, croquetes de pato confitado com molho de ameixa, tiradito de carpaccio de peixe branco, taco de peixe espada preto frito e camarão tigre com molho de manteiga e alho, por exemplo. Uma boa forma de provar tudo é aderir à happy night (das 18h30 às 22h30), que entre terça e sexta propõe combinações a preços especiais. A carta de vinhos também merece menção, por incluir referências da China, Austrália e Alsácia, por exemplo. AR
Arte à venda
As paredes do Salta funcionam como galeria de arte, exibindo obras de artistas emergentes, rotativos a cada dois meses. Agora, é a vez da pintora e escultora brasileira Cláudia Lima. Todas as obras estão à venda.
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Longitude : -8.2245
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