Pizzarte: A nova cara da pizaria de três gerações em Aveiro

Recentemente, a pizaria Pizzarte cresceu e alargou-se a uma sala mais moderna, passando de 130 para 200 lugares. (Fotografia: Maria João Gala /GI)
Os filhos queriam um bar, mas o pai, comissário da PSP, só apoiava um restaurante e mandou-os estudar e trabalhar primeiro. Foi assim que nasceu a Pizzarte, uma casa de referência na cidade, que cresceu aos 32 anos.

Se fosse um carro, a Pizzarte seria aquele clássico desportivo que regularmente se renova sem perder o nível e a irreverência que fazem um sucesso de vendas. A carta de pizas pouco mudou em 32 anos, mantendo as receitas que agradam a famílias que já ali vão há três gerações. Recentemente, a pizaria cresceu e alargou-se a uma sala mais moderna, passando de 130 para 200 lugares.

Neste novo impulso da Pizzarte, mantiveram-se o piso e o balcão da casa inicial, e das primeiras remodelações, ficou o jogo gigante de xadrez. A aquisição da loja vizinha permitiu ampliar o espaço, ganhar 70 lugares e ainda criar uma galeria de arte para novos talentos.

No demais, não se mexeu na equipa vencedora: na carta, encontram-se as 14 pizas do costume (com 40 ingredientes extra a permitir variações ao gosto do cliente), massas e crepes salgados e doces. A piza mais vendida é a Pizzarte, que junta, numa massa fina, tomate, mozarela, orégão, salpicão, espinafres, cogumelos frescos e ovo cozido. Na companhia à mesa, é igualmente popular a Champanhada, a sangria da casa feita com espumante.

Pode-se contar ainda com o bar, que serve de antecâmara à sala de refeições até à hora do jantar, e onde se pode saborear um aperitivo. O espaço ganha depois vida própria, das 22h30 até às 02h, com o barman Mac Adhu a preparar e servir nove cocktails a quem quiser ir à Pizzarte apenas com esse propósito.

Esta renovação de 2020 é mais um passo no longo caminho iniciado em 25 de abril de 1987, e que Jorge Castelhano, o irmão João e o sócio Manuel Vieira não esperavam quando abriram o restaurante em Aveiro e “havia meia dúzia de pizarias no país”, conta o primeiro.

Ele e o irmão, hoje com 58 e 59 anos, são do tempo em que era obrigatório ir à tropa. Quando se viram livres das fardas, quiseram abrir um bar e pediram ajuda ao pai, comissário da PSP, que preferia ver os filhos estudar na universidade. Acedeu, porém, a que fossem estudar hotelaria. E assim os irmãos e o amigo Vieira foram para a escola de Vidago. Ainda assim, o pai ainda os mandou trabalhar no Algarve para ganhar experiência… e só depois os ajudou.

Contudo, o agente pôs ainda como condição o negócio não ser um bar, mas um restaurante. Os sócios tinham experimentado uma piza no Porto e decidiram desenvolver esse conceito para Aveiro. “O sucesso foi ter aberto no ano certo, com o produto certo e a imagem certa. Ao longo destes 32 anos, estabilizamos a oferta. A nossa imagem de irreverência, que vai da decoração aos cerca de 35 funcionários, mantém-se para agrado de três gerações, netos e avós que se sentam juntos às nossas mesas”, resume Jorge Castelhano.

Pizzarte
Rua Eng. Von Haffe, 27, Aveiro
Tel.: 234427103
Web: pizzarte.com
Todos os dias das 12h às 00h30. Sexta e sábado até à 01h.
Preço médio: 12,5 euros




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