Acabados de sentar numa das mesas da acolhedora Sala 141, em Guimarães, rodeados de tons esverdeados e madeiras maciças, chega um funcionário de sorriso rasgado. “Quer escolher um dos nossos pintxos para começar?”, pergunta ele, estendendo um tabuleiro com uma variedade de pequenos pães que carregam diversos ingredientes. O nome não soará estranho a quem viaje regularmente pelo país vizinho, especialmente pela zona do Norte, como nas Astúrias ou na Cantábria. Mas no Norte de Portugal estes pintxos, os da Sala 141, também valem uma visita.
A iguaria, conta André Martins, dono do espaço juntamente com a esposa Marisa Cid (que toma as rédeas da cozinha), é tão antiga quanto a casa. Quando a Sala 141 abriu, em 2015, já lá estavam os pintxos. “Tal como todo o conceito do espaço, inspirámo-nos no gosto pela gastronomia de Espanha e pela vontade de trazer um verdadeiro conceito de tapas para a região.”
Os pintxos, rodelas de baguete francesa torradas em azeite e acompanhadas de ingredientes que vão do simples queijo ao camarão ou alheira, demoraram a conquistar o público português. Mas hoje, diz André, há quem chegue à Sala 141 para fazer uma refeição apenas com este petisco. E se é para eleger um dos favoritos dos clientes, o responsável do espaço não hesita: qualquer um que tenha ovo de codorniz é rapidamente escolhido.
Semanalmente, são apresentadas novidades nos pintxos. Um dos mais recentes é de caril de cogumelos (também introduzido na carta), e um dos mais “diferenciadores” contém requeijão com compota de beterraba (caseira, nota André).
BEBIDA
Green Gin
Com uma carta de vinhos caseiros e locais e uma aposta nas cervejas artesanais, não faltam hipóteses para acompanhar os pintxos. A sugestão vai para os cocktails, dos clássicos aos mais inovadores, em específico o Green Gin (9 euros), considerado na Sala 141 o melhor amigo do verão. Com a cor anunciada no nome, a mistura de gengibre e manjericão não deixa nenhum paladar indiferente.
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