O Belos Aires, no Porto, reabriu com fusão de sabores argentinos e portugueses

Empanadas de ossobuco, um dos tipos de empanadas disponíveis na carta do Belos Aires. (Fotografia de José Carmo/GI)
O Belos Aires, onde o chef Mauricio Ghiglione junta a culinária da sua Argentina com os produtos lusos, reabriu em novo espaço no Porto. Há empanadas e petiscos para saborear durante a tarde.

17Não faltam recursos a Mauricio Ghiglione para dar a volta por cima quando as condições são adversas. “Venho de um país onde as crises económicas são uma circunstância normal da vida. Quando falta o básico, ou morres ou vais à luta, fomos criados assim”, diz o chef argentino, que em 2015 abriu o restaurante Belos Aires, a que se seguiram outros empreendimentos.
A pandemia, que o fez fechar negócios como El Argento, de empanadas, e o facto de ter de abandorar o local onde estava o Belos Aires, na Rua do Belomonte, não desanimaram o chef, que em abril reabriu o restaurante na Rua José Falcão.

Apesar de alguma nostalgia por ter perdido o primeiro espaço, o conceito do restaurante foi recuperado. “É uma fusão de Argentina e Portugal, até porque a minha mulher é daqui.” Na carta estão pratos que identificam o Belos Aires, como as carnes grelhadas. Mas “a Argentina não é só carne. Eu venho da região das Misiones, que faz fronteira com o Paraguai e o sul do Brasil. Ali, a gastronomia é muito variada, de raízes indígenas, onde se destacam os produtos da terra, o milho, a mandioca, as frutas, o peixe de rio e também as carnes”.

A carta reflete tudo isso. De tradição indígena é o mbeju de mandioca, uma espécie de crepe, servido com molho criolla, um vinagrete de tomate com ervas frescas, ao qual o chef acrescentou cebola roxa. Não faltam as empanadas e, nos pratos principais, um polvo algarvio sobre puré de batata doce e chimichurri sublinha a feliz fusão. As carnes são servidas em cinco cortes, com vários acompanhamentos à escolha, como pimento, provolone e ovo frito, arroz de cenoura e bacon ou batata assada, entre outros.

Entre as 16 a as 19 horas, o restaurante funciona com carta de petiscos, entre os quais empanadas, chipa guazú (tarte de milho e queijo), choripan (baguete com chouriço e chimichurri) e milanesa gratinada. Em breve, Mauricio Ghiglione vai recuperar a ideia de El Argento e ter empanadas sempre a sair em determinadas horas do dia. O forno para isso já se encontra junto ao balcão. Mas cada coisa a seu tempo.

(Fotografia de José Carmo/GI)

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend