O arroz-doce da orizicultora Helena Pinto cozinha-se com grãos do Vale do Mondego

José Pinto da Costa e Helena Pinto produzem arroz no Vale do Mondego. (Fotografia de Nuno Brites/GI)
É com o cereal que produz ao lado do marido no Vale do Mondego, que Helena Pinto prepara, com calma, o seu arroz-doce.

É com um certo encantamento que Helena Pinto, da freguesia de Maiorca, na Figueira da Foz, fala de arroz-doce, uma sobremesa típica da região de Coimbra, que já mereceu uma confraria, a Confraria do Arroz-Doce de Maiorca, e uma rota, a Rota do Arroz-Doce. Helena começou a fazê-lo há 28 anos e diz que o truque está em mexer devagar, “quase a meditar” os ingredientes. São eles: leite, açúcar, casca de limão, sal, canela para decorar e, claro, arroz. Neste caso, utiliza aquele que produz com o marido, José Pinto da Costa, e dois dos três filhos, que já começam a ajudar no negócio iniciado em 1991. Com o saber-fazer passado pelos antecessores e um curso de empresário agrícola, o casal tem a seu cargo 200 hectares de arroz Carolino situados no Vale do Mondego, que vende depois à indústria. Se, por um lado, Helena admite que hoje é mais fácil produzir devido à introdução de maquinaria e tecnologia, por outro, afirma que o aumento da fauna causa alguns distúrbios. Para evitar constrangimentos provocados pelos lagostins, o “setor está a enveredar pela sementeira enterrada, em vez da sementeira alagada, porque assim eles não atacam”. Afinal, “a dificuldade aguça o engenho”.




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