D iz a sabedoria popular que há mil e uma maneiras de preparar bacalhau. No Cantinho do Bacalhau, de portas abertas para a Praça 14 de Julho, bem no centro da cidade, não serão tantas as receitas, mas há uma carta inteiramente dedicada ao fiel amigo. Pataniscas, bolinhos, meia desfeita com grão, sopa e até prego do dito com pasta de azeitonas são algumas das especialidades que recheiam o menu dos petiscos.
Já nos pratos principais não falta o arroz de bacalhau, a feijoada de samos ou o popular bacalhau à Gomes da (Pra)ça, que é como quem diz à Gomes de Sá. «Como estamos aqui em frente à praça, fizemos um trocadilho», explica Rosa Teixeira, a dona da casa. É também proprietária de um hostel muito perto dali, e foi a propósito desse projeto que decidiu lançar-se no mundo da restauração.
«Os hóspedes estavam sempre a perguntar onde podiam comer bom bacalhau aqui por perto», recorda. Não teve meias medidas e abriu ela mesma um restaurante dedicado ao afamado peixe. Um espaço pequeno e com apenas algumas mesas, mas com uma grande e agradável esplanada. Para evitar sair dali com pena de não ter provado mais receitas, a resposta é optar pela degustação de bacalhau, que inclui uma seleção de seis especialidades do menu, em doses generosas e com o sabor que se quer.
Com a chegada do inverno, Rosa promete trazer pratos mais robustos para a ementa, que está disponível todo o dia, já que a cozinha – de onde saem também algumas opções vegetarianas – não fecha durante a tarde.
Para acompanhar só há lugar para vinhos e espumantes da Bairrada, «para destacarmos os produtos da nossa região», justifica Rosa. Uma lista que não se fica pelo simples enunciado dos rótulos, mas que ajuda a conhecer cada uma das referências, através da descrição das castas e de notas de prova. Para que nada fique por saborear.
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