Pequenas peças cuidadosamente trabalhadas de peixe cru, a fazer lembrar pedras preciosas, chegam à mesa dispostas num vistoso arranjo de pratos e flores, no Armazém do Sushi. Apesar de o nome remeter para um espaço amplo, este recente restaurante de peixe é um lugar quente e acolhedor de apenas 30 lugares. Ocupa uma casa antiga na Afurada, mesmo em frente ao Douro, e o interior, com sofás, cadeiras e tapetes, em tons saturados de lilás, rosa e laranja, dá-lhe um aspeto boémio.
Segundo Rui Magalhães, o gerente do Armazém do Peixe, a vontade da arquiteta Susana Camelo foi criar um ambiente “que remetesse, de alguma forma, para o Oriente”. Ideia reforçada pelo mural da autoria do artista de arte urbana Mr. Dheo, onde se observa um tigre, uma carpa, casas japonesas e um samurai tatuado. A decoração elegante convida a ficar, mas é o sushi de excelência que distingue este espaço, pertencente ao grupo Dunas e Cascatas, do qual também faz parte o Armazém do Peixe, a 300 metros de distância, e o Armazém do Sushi, em Lavra.
(Fotografia de Igor Martins/GI)
Rodrigo Crespo, proprietário do grupo, percebeu que havia espaço para um lugar assim em Gaia, durante a pandemia, quando começou a reparar que grande parte das encomendas chegadas ao restaurante de Lavra, eram feitas por gaienses e portuenses. Este “armazém” acabou por abrir no verão passado, no lugar deixado pelo restaurante Contramar, e “tem sido um sucesso”, garante Rui, explicando que decidiram “posicionar-se no topo” e apenas trabalhar com peixe premium. Destaca-se o lírio, o robalo, o pregado e o salmão, que fornece uma das peças mais saborosas. O “toro”, um corte especial da zona da barriga, apresenta um marmoreado de gordura que lhe dá um sabor intenso e uma textura tão macia que parece desfazer-se na boca. É servido fatiado, no sashimi, mas a carta apresenta outro tipo de peças como os hosomaki, uramaki, futomaki, gunkan, nigiris e temakis, onde os peixes se conjugam com fruta, legumes, ovo de codorniz, trufa de verão e ovas. Dentro da secção “freestyle”, que é como quem diz “ao gosto do sushiman”, encontram-se combinados com 20, 25, 40 e 50 peças, e ainda o vegan sushi, com 10 peças isentas de peixe.
(Fotografia de Igor Martins/GI)
Quem prefere pratos quentes, pode contar com três tipos de “hot rolls”, e opções que “fundem a cozinha portuguesa e asiática”, como o escondidinho de bacalhau, o risotto de salmão braseado ou o tomahawk com puré, o único prato de carne.
Para emparelhar, há uma garrafeira composta por champagne. Sugere-se o Moët & Chandon para acompanhar o sushi, vinho branco e algumas referências de tinto, sangrias, cocktails clássicos e de autor, e destilados.08
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