É uma loja centrada na doçaria típica portuguesa, com especial atenção aos doces conventuais. A seleção da Monstra Nacional inclui castanha de ovos, pudim Abade de Priscos, barquinho de ovos-moles, queijada de cenoura, pão-de-ló e salame de chocolate. Este último parece destoar, na medida em que não tem origem conventual nem é tão antigo como os demais, mas, por ser «típico de Portugal e Itália», Natália Reis e Francisco Neto entenderam que fazia sentido tê-lo lá – ao contrário do pastel de nata, que está «em todo o lado».
O casal abriu o espaço, em março, para ser uma montra e uma mostra de doces tradicionais portugueses de cariz mais nacional do que regional, explica Francisco, adiantando que o nome mistura as palavras «montra» e «mostra», e também alude aos monstros marinhos associados aos Descobrimentos. Os doces que se vendem ali são produzidos nas zonas do Porto, Braga, Aveiro, Viana do Castelo e Caldas da Rainha, embora a maioria seja «representativa de mais do que uma região».
O pudim Abade de Priscos é dos produtos com mais saída, por ser «feito com bacon e vinho do Porto», prossegue Francisco. «Quando os estrangeiros percebem que isso entra na composição, querem experimentar.» A loja disponibiliza ainda vinho a copo, ginjinha, bolachas e chocolates que remetem para Portugal, peças decorativas de Bordallo Pinheiro e a louça da Costa Nova. Uma «coincidência interessante» é que alguns dos pratos em que são servidos os doces têm o mesmo padrão dos azulejos na fachada do edifício.
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