Quantas francesinhas por dia se servem afinal no concorrido Café Santiago? As contas «não são fáceis de fazer», explica Rui Pereira, um dos proprietários. «Diria que entre as 400 e 500». As persistentes filas à porta do café na rua Passos Manuel são o resultado final de uma equação que junta a fama da especialidade à curta capacidade da casa. Mas esse é um problema que parece, agora, estar finalmente resolvido. O Dia de Santiago, celebrado a 25 de julho, foi também a data escolhida para a inauguração do novo café, mais espaçoso, mais moderno e a escassa distância do original.
Chamaram-lhe Café Santiago da Praça. A praça é a dos Poveiros mas «toda a gente percebe» e assim «evita-se que o nome fique demasiado longo». Não será pelo longo nome que os fãs da francesinha do Santiago deixarão de percorrer os pouco mais de 120 metros que separam as duas casas. A expansão é, na verdade, a «confirmação da primeira lei da economia, a da oferta e da procura», explica Rui.
A nova casa, à face da Praça e de fachada envidraçada, é uma espécie de santuário ao Porto, antes de o ser à francesinha. Isso vem depois. A primeira impressão é a da extensão da praça para o interior do espaço e dos seus azulejos azuis e brancos.
«A iluminação replica as ramadas das vinhas nortenhas, o balcão da entrada está revestido com madeira das ferrovias e nas paredes a distância daqui até alguns dos sítios mais emblemáticos do Porto. Isto porque estamos efetivamente no centro de tudo», justifica.
Tem quase o dobro da capacidade da casa-mãe. São cerca de 120 lugares sentados para fazer face ao apetite por francesinhas de portuenses e turistas. No Café Santiago, as filas não eram apenas inconvenientes para quem esperava de pé por um lugar à mesa. «As condições de espera não eram as melhores e sentimos que as filas criavam em nós também algum nervosismo por não conseguirmos proporcionar o melhor serviço possível».
O que não mudou foi a receita secreta e a razão do sucesso destas francesinhas. Mas se nada muda na francesinha, isso não significa que o acompanhamento não possa trazer algo de novo. E traz. As batatas chegam agora à mesa com uma linguiça picante crocante. E no preço também não se mexe: são os 9,5 euros do costume.
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