Makká | De Nápoles para o Campo Pequeno
Pratos típicos napolitanos, e não só, e um menu de almoço a 9,50 euros, apelativo para os almoços de segunda a sexta, são os trunfos do Makká, aberto a meio do verão.
Nascido e criado em Nápoles, no sul de Itália, Carmine Ruggiero fez questão de trazer para o Makká uma coleção de pratos típicos italianos feitos com produtos sazonais. Somados 20 anos de experiência na restauração, juntou-se ao amigo e sócio Faramarz Zohali e a Faisal Karimpour, ambos iranianos, para abrir o restaurante neste bairro residencial e de empresas, longe do turismo. Encontrado o espaço, lançaram mãos à obra e o resultado foi uma sala e um pequeno balcão de bar decorados de forma moderna, em tons azul, cinzento e dourado.
O menu confirma que é de tradição que se fala. Nas entradas há, por exemplo, carpaccio de bovino com batata frita e fondue de pecorino, mozarela de búfala frita com coração de pesto de pistacho, e burrata com tomate cereja, creme de anchovas, alcaparras e azeitonas. Há risoto e ravióli, mas é nas massas que o chef apresenta um dos pratos mais tradicionais, a tagliatelle artesanal com creme carbonara e guanciale, azeite e trufa ralada no momento.
Nos segundos pratos, destaca a parmegiana, uma lasanha de beringela típica napolitana.
“Os napolitanos fazem-na nos almoços de domingo”, explica Carmine Ruggiero, sem deixar de também sugerir, nos segundos pratos, as almôndegas com ragu e fondue de parmesão e manjericão, e o peixe frito servido com gel de lima e pimenta preta. Para este prato, assim como para outros, há uma sugestão de vinho italiano, como o Greco di Tufo branco. O final, doce, fica por conta de um tiramisu, panacota ou cheesecake com pistacho. Já o nome Makká refere-se ao ato de amassar a pasta, o que antigamente era feito com uma máquina.
Longitude : -8.2245
Malice | Pizas, cocktails e danças
Espaço de aura urbana, decorado por artistas como André Saraiva e Antónia Figueiredo, o Malice aposta nas pizas de massa fina e nos cocktails. À frente do projeto está Jorge Marques.
Jorge Marques não esconde o lado emocional que o levou a eleger as pizas como elemento principal do Malice, o espaço que abriu este verão na Rua de O Século, no bairro do Príncipe Real. Batizado com a junção de Maria Alice, em homenagem às avós que tanto o marcaram na infância e adolescência, destaca as pizas artesanais também por ser esse o petisco que pedia sempre para almoçar com uma das avós, às quartas-feiras. Uma relação com Itália que, de algum modo, foi crescendo também graças às várias viagens feitas com os pais.
Aos 25 anos, Jorge assumiu a gestão do restaurante clássico português Faz Frio (fundado no bairro em 1872), pois sempre gostou de reunir pessoas à mesa. Aliás, foi isso que o levou a entrar no ramo da gestão hoteleira, trabalhando em lugares como o Dinner by Heston Blumenthal, em Londres; o Maaemo, em Oslo; e também em Miami, onde foi responsável de comidas e bebidas num hotel. Para o Malice, Para o Malice, um espaço que prefere não rotular como restaurante italiano, quis criar um ambiente descontraído, próprio do bairro.
As pizas, cuja massa com três farinhas fermenta durante 72 horas, levam ingredientes italianos como o molho de tomate tradicional e vão ao forno a 340 graus durante poucos minutos. O resultado são pizas “mais leves e digeríveis”, explica Jorge, que foi tirar o curso de pizaiolo.
Entre as opções há, por exemplo, piza de presunto e creme de figos, e a Chicago Pie, com mozarela e salame picante. Para picar, há entradas como burrata e almôndegas. Já a copo, a aposta recai nos cocktails originais, a puxar um pé de dança às sextas e sábados à noite
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