As propostas da nova carta do restaurante do Grapple Hotel & Spa pegam nos produtos da terra “sem os desvirtuar, reinventando-os na altura de os levar à mesa”. Trocado por miúdos: “Pegar num simples nabo e fazer dele algo fenomenal como um ‘caviar’ ou um ‘ar’ só para complementar um prato”. É como estarmos a comer “um cozido à portuguesa sem nabo, mas com o sabor dele lá”. João Escoval não esconde que, uma vez ou outra, haverá caviar ou foie gras no menu, mas a carta normal do Grapple “baseia-se em produtos de excelência reinventados e inovados”.
Uva, maçã, cabrito, cordeiro e porco bísaro são privilegiados, mas, uma vez que os clientes não são apenas de Trás-os-Montes e Alto Douro, Escoval não quer ignorar o peixe, nomeadamente o robalo de mar e a pescada de anzol, sem esquecer o bacalhau. Em suma, “o mar e a terra em alta cozinha”.
Quanto às sobremesas, “sempre muito sólidas”. O chef não gosta de trabalhar com “muita ficção” nem com cozinha molecular. “O Grapple oferece sempre cozinha de essência e de avó”, frisa.
O nome Grapple resulta da conjugação das palavras inglesas para uva (grape) e maçã (apple), duas das principais culturas agrícolas do concelho. Abriu em finais de 2021, graças ao empenho de Carmina González, uma lusodescendente de 37 anos que se mudou para Carrazeda de Ansiães, concelho ao qual tem ligações familiares. “O nosso objetivo é mimar os clientes e ter um serviço adaptado às suas exigências”, sublinha.
O hotel tem nove quartos e três vilas de tipologia T1 e T2. Conta com sala de eventos, piscinas exteriores de água salgada, spa com piscina interior, hidromassagem, sauna e banho turco. É um projeto da arquiteta Daniela Rebelo e tem decoração da autoria de Nini Andrade Silva.
Longitude : -8.2245