Cheira a verão e a ria no interior do Aurora, encaixado numa rua pedonal no centro de Loulé. Vítor Veloso introduziu uma série de novidades no menu, que manteve a linha “entre o fine dining e o casual”, mas simplificou a preparação de alguns pratos. Os novos são perto de uma dezena e embarcar nessa viagem começa, quase sempre, com um pastel de massa tenra de peixe, em jeito de afinação do palato para o que se segue.
Uma das novidades é o menu de quatro momentos, no qual os clientes podem escolher os pratos e optar, ou não, por harmonização vínica. Em paralelo há outro de seis, para uma experiência mais completa. À carta, o waffle de sapateira com salada de tomate picante, lascas de muxama de atum, maionese, pó de salsa e salicórnia é uma das novas entradas; a par da perdiz com amêijoas – “um prato típico caído em desuso” – e do biqueirão de Olhão curado e braseado.

O chef Vítor Veloso. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
Muitos dos pratos principais também são recentes, podendo destacar-se o peito de pato marinado em ponzu com puré de topinambur, alho negro, figo, sementes de mostarda e pickles de beterraba. Nesta cozinha contemporânea com matriz nacional, o chef usa “elementos que fazem a ligação ao território”. Exemplo disso é ainda a sobremesa de banana acompanhada com mousse de manteiga de amendoim, cremoso de chocolate de leite e gelado de laranja caramelizada.
Outro dos projetos de Vítor Veloso é o desenvolvimento de cervejas artesanais com receita própria e produzidas pela Post Scriptum Brewery, na Trofa, e que à mesa do Aurora também são propostas como harmonização. Quem as apreciar pode comprá-las ali, em packs.
Longitude : -8.2245