Adega Típica da Pena: carne caseira e mel de urze numa aldeia de xisto

Adega Típica da Pena. (Foto: Maria João Gala/GI)
Neste restaurante familiar da aldeia de Pena, em São Pedro do Sul, um casal e duas filhas servem comida de grelha e forno, com produtos criados por eles, num lugar onde a paisagem pode fazer distrair os olhos do prato.

No coração do maciço da Gralheira, aninhada num vale, a Aldeia da Pena tem serras à volta, natureza ao redor, uma ribeira que vem do rio Paiva e corta caminho por ali, casas feitas de xisto, ruas estreitas de pedra e terra, gado que pasta, e uma adega à entrada. Ali, Alfredo Brito e Ana Brito, e as filhas Margarida e Mariana, cuidam do restaurante que ergueram a pulso há 30 anos. A adega tem esplanada, mesas com tampo de xisto, uma sala rústica que combina pedra e madeira. A cozinha é tradicional, caseira, tem dois fornos de pedra que funcionam a lenha. O cenário não engana. “Trabalhamos com gosto, fazemos tudo com muito gosto”, garante Alfredo Brito. E essa dedicação confirma-se à mesa.

As carnes grelhadas são uma das especialidades da casa. Por encomenda, fazem-se vitela e cabrito assados no forno, arroz de cabidela, feijoada e cozido à portuguesa. A vitela à moda de Lafões vai ao forno de lenha em travessa de barro pelo menos três horas. É servida com batata assada, arroz de forno, salada. Grelham-se nacos de vitela, bifes, pedaços de porco. Bacalhau à lagareiro é o único prato de peixe e as sobremesas são caseiras, tanto o pudim de ovos como a “Pena cotta” (trocadilho em honra da aldeia). Convém sempre reservar, sobretudo ao jantar.

A Adega Típica da Pena, situado numa das aldeias de xisto, Pena. (Fotografias: Igor Martins/GI)

O restaurante rústico é gerido em família, por um casal e duas filhas.

As vacas de pele dourada da raça arouquesa fazem parte da paisagem do outro lado da ribeira, onde pastam e onde têm os seus aposentos. Os dias começam cedo, os animais são criados por Alfredo Brito que também faz mel de urze, escuro e denso, e trata dos presuntos, dos enchidos, dos salpicões que estão na carta da adega – e ainda faz artesanato como casinhas de xisto que são recordações da Pena. “O mel é da minha lavra”, conta.

Ana Brito tem mão para a cozinha, as filhas aprenderam a arte, todos ajudam no que é preciso. A família de Alfredo e um casal de reformados são os únicos residentes permanentes da aldeia abençoada por natureza, a 20 quilómetros de São Pedro do Sul. A Serra de São Macário está perto, a 2,5 quilómetros de estrada, e a Serra da Freita, em Arouca, não fica muito longe. À volta da adega, há montanhas e serras com fartura.

Carlos e Ana, proprietários da Adega Típica da Pena.

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