Uma viagem à história dos vinhos dos Açores

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É difícil afirmar com precisão a origem das primeiras cepas açorianas, mas no Arquipélago dos Açores a cultura da vinha remonta aos primórdios da sua colonização. Levando, nos dias de hoje, um vinho de excelência ao seu paladar.

Sendo a região dos Açores de origem vulcânica e havendo muitas manifestações desta natureza, facilmente se deduz que não faltavam locais onde a cultura das uvas e do vinho se pudesse implantar. No entanto, e nos primórdios da colonização, a vinha era apenas cultivada em terrenos não propícios à cultura dos cereais e nada mais.

Até meados do século XIX as castas cultivadas na região eram europeias, merecendo uma delas, o Verdelho, o consenso dos historiadores como sendo a mais referenciada e com maior expressão no arquipélago. Atualmente, juntam-se a esta as castas Arinto dos Açores e Terrantez do Pico como as três castas nobres da região.

Na produção e comercialização do vinho distinguem-se dois períodos, o primeiro até meados do século XIX, na altura em que apareceu o oídio, uma doença fúngica que afeta uma ampla gama de plantas, e o segundo a partir dessa data.

Inglaterra, Brasil, Estados Unidos, Hamburgo, Rússia e França eram os principais destinos dos vinhos exportados, com a Graciosa e o Pico a assumirem um papel relevante na produção e exportação deste produto antes do aparecimento do oídio, que surgiu numa altura em que a viticultura açoriana se encontrava numa atrativa situação, atacando as vinhas e começando a fazer decrescer a produção de vinho.

Foi nessa época que chegou aos Açores a vinha americana da espécie Vitis labrusca. Verificou-se que esta nova casta era resistente ao oídio, o que levou à sua propagação nas ilhas que tinham já tradição vitícola. No entanto, as adversidades não se ficaram pelo oídio.

Foi a partir do final da década de 80, com a necessidade de relançar esta cultura vitivinícola, de forma a repor os mercados outrora existentes e simultaneamente defender as populações rurais ligadas à atividade vitivinícola, que se definiram objetivos e prioridades muito concretas, tais como programas de ajudas ao investimento, programas de ajudas ao rendimento, criação de zonas demarcadas e a criação de uma Comissão Vitivinícola Regional dos Açores.

As ajudas ao investimento resultaram em aumentos significativos da área reestruturada que, até ao momento, permitiram, numa primeira fase, relançar a cultura nas ilhas com maior tradição: Terceira, Graciosa e Pico.

Atualmente, a Região Autónoma dos Açores tem ainda uma vasta área por reestruturar. Deste modo, estão a ser postas em prática diversas estratégias de desenvolvimento delineadas para este setor, implementadas em diferentes ilhas e que no seu essencial se resumem à continuação do processo de reestruturação, reforço da experimentação, divulgação e vulgarização da experimentação efetuada, formação profissional a diferentes níveis, bem como a promoção e o apoio ao associativismo, assente na melhoria e modernização dos recursos técnicos, humanos e materiais das organizações de produtores. Tudo para que chegue a si o melhor vinho.

desenhados para inspirar e criar uma maior proximidade entre os leitores e as marcas.




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