Vidago Villa: vinhos transmontanos de excelência

Quinta Vidago Villa, na aldeia do Amial, em Loivos, Vidago. (Fotografia: DR)
Em Trás-os-Montes, na sub-região de Chaves, a Quinta Vidago Villa produz vinhos de excelência, enquanto homenageia a histórica vila que lhe dá nome. Na vinha de seis hectares encontram-se apenas seis castas, que já geraram 15 referências.

Da transmontana Quinta Vidago Villa saem vinhos produzidos com calma, que têm sido distinguidos em diversos concursos em Portugal e além-fronteiras. Não eram feitos com que Paulo Martins sonhasse, quando, há sete anos, num passeio de fim de semana, se encantou pela propriedade de 14 hectares na aldeia do Amial, freguesia de Loivos, em Vidago. Depois de a adquirir, o empresário de comunicação apostou na recuperação e renovação das videiras através de métodos tradicionais, e no tratamento dos solos, tendo feito a vindima inaugural em 2018, da qual resultou o primeiro Grande Reserva da casa, o Vidago Villa Grande Reserva Branco 2018. Neste momento, das 15 referências Vidago Villa, entre brancos e tintos, blends e monocastas, Paulo assegura que “99% são Grande Reserva”. Uma proeza que se deve à experiência de mais de 30 anos do enólogo Luís Sampaio Arnaldo e à matéria-prima “dos deuses”, que sai da vinha de seis hectares. Nela encontram-se apenas seis castas, cinco de tinto – Touriga Nacional, Touriga Franca, Syrah, Tinta Roriz e Sousão -, e uma de branco, a espanhola Godelho, que se desenvolvem no meio de um bosque, em terrenos xistosos e de granito, com muita exposição solar e a uma altitude de 500 metros. Características que originam vinhos elegantes, frescos e minerais, e que apenas são lançados para o mercado depois de cumprirem um estágio em barricas de carvalho francês, entre oito e 12 meses (salvo raras exceções), e de um estágio em garrafa durante um ano. As quantidades das Vidago Villa Collection são limitadas e numeradas, contendo cada coleção entre 1800 a 3500/4000 garrafas. O número torna-se ainda mais limitado no caso das Magnum, com capacidade de 1,5 litros, cuja produção varia entre 100 e 400 unidades. Os rótulos das garrafas, com a ilustração de um homem a jogar golfe – atividade com raízes em Vidago desde 1936 -, é uma homenagem à histórica vila aristocrática.

Vidago Villa Touriga Nacional Grande Reserva Trás-os-Montes tinto 2018
129 euros

Apenas foram produzidas 1800 garrafas deste néctar governado por Paulo Martins com batuta enológica de Luís Sampaio Arnaldo. Trata-se de um trabalho digno do melhor ourives, tal a atenção dada ao pormenor. O proprietário conhece bem a zona do luxo e colocou especial empenho na criação de uma marca que representa Trás-os-Montes a par das grandes regiões nacionais. Estamos perante um Touriga Nacional muito especial. Fernando Melo




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