A camellia sinensis é a primeira a florir quando o verão acaba e começa o tempo fresco de outono. São as camélias que irão florir no inverno. Estas terão uma outra função, igualmente reconfortante nos dias mais frios que se aproximam. Na Chá Camélia, a quinta em Fornelo, Vila do Conde, onde Nina Gruntkowski e Dirk Nieport concretizaram o sonho de cultivar chá na Europa continental (os Açores já o produzem) estas primeiras flores brancas e singelas são desidratadas e dão origem a uma infusão, com uma particularidade: apesar de extraídas da planta do chá, não têm cafeína.
Para que o sabor se revele “a água deve estar a 90 graus”, sublinha Nina Gruntkowski, durante o workshop que ajuda a perceber esta cultura milenar. Após três minutos num bule com espaço para que as flores se expandam na água, o chá está pronto. Com as mesmas flores é possível nova infusão.
E se falamos de flores, uma nota para um chá produzido em Fornelo, conseguido com folhas de chá- -verde, a que se juntam pétalas de rosa, ali cultivadas. Outro destaque vai para o Pipachá, que junta duas artes ancestrais: o cultivo do chá e de vinho do Porto, pois é nas pipas que acolheram o vinho que as folhas de chá estagiam, assumindo um pouco do seu sabor.
DICAS:
A água importa
A água pode ser da torneira desde que seja filtrada, pois contém cloro, calcário e minerais . Para obter um bom chá , deve ser utlizada água granítica.
O bule
Quanto mais pequeno melhor qualidade terá o chá. O da foto é um gaiwan, mas pode-se obter bons resultados desde que se utilize um bule com filtro de inox para retirar ou de rede integrada.
A temperatura
Para o chá-verde a água deve estar entre os 70 e os 80 graus, com três minutos de repousonas duas primeiras infusões
Longitude : -8.2245