A 20 quilómetros do areal da Costa de Caparica e com as praias da linha de Cascais à distância de um comboio ou da Marginal, Lisboa está numa posição privilegiada na hora de ir a banhos ao mar. Não tanto quando se fala de banhos ao ar livre, fora dele. A verdade é que as piscinas sem cobertura da capital veem-se hoje praticamente reduzidas às dos hotéis – a maioria em terraços.
Longe vão os tempos em que os equipamentos municipais exteriores dos Olivais e do Campo Grande atraíam à cidade os veraneantes. Hoje estão ambos concessionados, por mais de trinta anos, pela Câmara Municipal de Lisboa a uma empresa espanhola, responsável por uma cadeia de ginásios. A dos Olivais mantém apenas no exterior a estrutura do tanque de saltos, entretanto transformada numa piscina com 1,50 metros de profundidade.
Já o complexo do Campo Grande deverá reabrir no final de novembro, mas totalmente coberto. Do projeto inicial dos anos 1960, assinado pelo arquiteto também responsável pelo Parque de Monsanto e o Metropolitano de Lisboa, Francisco Keil do Amaral, resta muito pouco.
Também piscina municipal, a Espassus, em Carnide, é hoje gerida pela junta de freguesia. Tem acesso público, preços apelativos – ainda mais para os moradores locais – e, apesar da sua pequena dimensão, aos fins de semana é escolha de eleição de grupos de amigos e de famílias, também graças à segunda piscina de formato hexagonal para os mais pequenos nadadores.
Ainda na zona da Grande Lisboa, mas já na linha de Cascais, é impossível não mencionar a Piscina Oceânica de Oeiras, que no ano passado recebeu 77 mil pessoas durante a época balnear, segundo a Oeiras Viva. E aqui, sim, o tamanho é um aspeto fundamental. Até porque as quatro pranchas – de 1, 3, 5 e 7,5 metros – assim o exigem. É difícil dizer o que é melhor, se a capacidade e qualidade das instalações, construídas há mais de vinte anos, se a localização privilegiada: do passeio marítimo de Oeiras tem–se vista para o oceano Atlântico, que alimenta por sua vez a estrutura.
Cenário semelhante têm outras duas piscinas oceânicas, mas de entrada livre: a das Azenhas do Mar, em Sintra, junto à praia com o mesmo nome e com vista para o casario branco da aldeia, que pertence a Colares. E a Piscina Oceânica Alberto Romano, em Cascais, embora ambas tenham equipamentos bastante distintos da piscina de Oeiras.
Em frente continua o mar, que alimenta o tanque quando a maré sobe, mas o projeto passou por construir a estrutura diretamente nas rochas, no caso de Colares, e colada ao paredão de Cascais, no segundo caso. Esta leva o nome de um antigo presidente da Junta de Turismo da Costa do Estoril e fica entre as praias da Duquesa e das Moitas.
Apesar de não haver limitações na utilização da Alberto Romano, a presença do nadador-salvador mantém-se apenas na época balnear, das 09h00 às 19h00. Mesmo em frente, há um café, o Escotilha Bar, para ir petiscando durante o dia ou simplesmente para beber um dos frescos batidos de frutas – o de morango e o de manga são de chorar por mais. E caso se mude de ideias, há muito areal por onde escolher nas praias ao lado.
Grande Lisboa
Piscina Espassus
Rua dos Táxis Palhinha (Carnide)
Tel.: 931462215
Web: jf-carnide.pt
Todos os dias, das 10h00 às 19h00, até 11 setembro. De 12 a 25 de setembro, apenas aos fins de semana
Preços: dos 4 aos 12 anos e mais de 65 anos – 2 euros; jovens dos 13 aos 17 anos – 3 euros; adultos – 4 a 6 euros
Piscina Ocêanica de Oeiras
Estrada Marginal-Praia da Torre (Oeiras)
Tel.: 214462552
Web: piscinaoceanica.oeirasviva.pt
Todos os dias, das 09h30 às 20h00, em agosto. E das 10h00 às 19h00, até 13 de setembro
Preços ao fim de semana, dia completo: dos 4 aos 11 anos – 7 euros; adultos – 13 euros; seniores – 8,50 euros. Em setembro, entram os preços da época baixa
Piscina Oceânica Alberto Romano
Av. Marginal, 1 (Cascais)
Piscina Oceânica das Azenhas do Mar
Colares (Sintra)
Coordenadas GPS: 38°50’25.0″N 9°27’43.9″W