7 locais imperdíveis nos arredores de Vila Nova de Gaia

7 locais imperdíveis nos arredores de Vila Nova de Gaia
A Quinta da Fiação de Lever recebe a Bienal Internacional de Arte Gaia 2023 até julho. (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)
O troço gaiense da Estrada Nacional 222 tem mais do que vistas arrebatadoras. Por Lever, Crestuma e Olival, com pequenos desvios, chega-se a uma mostra de arte e a um parque botânico, sempre com lugares para comer bem por perto.

Sair da azáfama do centro do Porto, entrar em Vila Nova de Gaia e seguir para este pela Nacional 222, é por si só um belíssimo passeio de carro. Entre uma curva e outra, aguardam-nos paisagens postal onde cabe o rio Douro, que corre largo, com um e outro barco a deslizar pelas suas águas e pequenas povoações que vão salpicando a outra margem. Deixando-se a estrada e fazendo alguns desvios aqui e ali, há segredos escondidos por perto que vale a pena explorar – e deixar-se ficar pelo dia fora. Nas antigas instalações de uma fábrica de fiação encontra-se uma mostra de arte e, não muito longe, fica um parque botânico com relíquias arqueológicas, além de quatro paragens para
comer bem. Conheça, abaixo, 7 locais imperdíveis nos arredores de Vila Nova de Gaia.

 

01. Quinta da Fiação de Lever | 3.ª Bienal Internacional de Arte Gaia

Não é todos os dias que se aprecia um conjunto de mais de mil obras de arte de artistas portugueses e estrangeiros, nem que se conhece uma antiga fábrica de fiação. Por isso, visitar a 3.ª edição da Bienal Internacional de Arte é uma experiência dois-em-um, que além de dar lugar a conhecer um enorme acervo de arte, permite percorrer as antigas instalações da Companhia de Fiação de Crestuma – hoje, Quinta da Fiação de Lever -, um belíssimo complexo fabril, com uma área envolvente que inclui escadarias, varandas e o murmúrio das águas do rio Uíma. Até 20 de julho, podem-se apreciar pinturas, esculturas, fotografias e instalações, de cerca de 500 artistas de 14 nacionalidades e assistir a diálogos, numa edição que se guia pelas questões sociais e homenageia o escultor Zulmiro de Carvalho, com uma exposição antológica.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

 

02. Parque Botânico do Castelo

O Parque Botânico do Castelo é um segredo bem escondido na margem do rio Douro. Este esporão rochoso, que se eleva por mais de 50 metros, distribui-se por socalcos que, além de criarem recantos deliciosos, vão revelando diferentes paisagens sobre o rio e convidam a piqueniques nas mesas e bancos de pedra. A flora autóctone abunda e está bem identificada em placas que dão a conhecer loureiros, sobreiros, medronheiros. Ao valor natural deste lugar, junta-se o valor arqueológico, graças aos vestígios encontrados ao longo dos anos – como uma sepultura medieval – que indicam uma ocupação entre finais do Império Romano e os começos da Idade Média.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

 

03. Conquista Douro

Mesmo ao lado do Parque Botânico do Castelo encontra-se o restaurante-bar Conquista Douro. Dois lances de escadas levam à sala e daí chega-se à esplanada, uma varanda enorme debruçada sobre o rio e a barragem, ideal para um lanche demorado, com crepes, gelados ou sanduíches.

 

04. Manuel Redondo

A marcar este roteiro, que seja ao fim de semana, para encontrar o Manuel Redondo de portas abertas. No rés do chão de uma casa amarela encontra-se um restaurante de ambiente familiar e, pousadas nas mesas, doses generosas de comida de conforto, cozinhadas em forno a lenha. É Maria Adelaide, mulher de Manuel Azevedo, que prepara, com a mesma dedicação há mais de 40 anos, as especialidades que fidelizaram famílias e grupos de amigos. Chegam para demorados convívios à volta de uma assadeira de barro com um suave cabrito assado servido com batatinhas, tripas à moda do Porto, frango de cabidela ou lampreia e sável, no seu tempo. Também há rojões e presunto curado a frio, de porcos criados pela família. Cuidados que refletem a premissa da casa, «ter sempre produtos acima da média», resume Hugo Azevedo, filho do proprietário. Existe também uma zona de bar, com petiscos, bebidas e shisha, para um público mais jovem.

(Fotografia de Fábio Poço/GI)

 

05. Snack-bar Marques e Marques Douro Lounge Bar

Há três anos que Carlos Pereira serve francesinhas, cachorros especiais e pregos no seu snack-bar O Marques, numa área onde esta oferta era escassa. E ao snack-bar acrescentou, no ano passado, um lounge bar. O Marques Douro Lounge Bar é um barco rabelo onde se come e bebe nos meses mais quentes. A embarcação de madeira, que foi integralmente construída por Carlos, está «atracada» num pequeno largo, e a oferta é igual à do snack-bar, que fica em frente. Funciona desde o início da tarde até de madrugada e, pontualmente, recebe concertos ao vivo.

(Fotografia de Fábio Poço/GI)

 

06. O Neca da Venda

Carnes grelhadas, francesinha, polvo, vitela e tripas (ao domingo) servem-se n’O Neca da Venda, um restaurante no Olival, a cinco minutos de carro da zona ribeirinha. Uma das sugestões, a «brincadeira» nasceu literalmente de uma, quando um dos funcionários mais antigos da casa decidiu fazer uma espécie de pica-pau, juntando enchidos, batata frita aos palitos e queijo, e regando tudo com molho de francesinha. Uma particularidade deste lugar bem-fadado é quantidade de prémios do Euromilhões que já deu. Em dois dos casos, primeiros prémios.

 

07. O Parque das Ribeiras do Riu Uíma

A cerca de 15 minutos de carro de Crestuma, onde desagua o rio Uíma, encontra-se um parque que percorre parte da sua extensão. O Parque das Ribeiras do rio Uíma, que fica já em Santa Maria da Feira, proporciona agradáveis passeios pela natureza, graças aos passadiços de madeira com 3,5 quilómetros. Toda a sua extensão é acompanhada pelo caudal do Uíma, que torna a zona pantanosa, ideal para se desenvolverem salgueiros, sabugueiros e carvalhos que dão preciosas sombras. A meio da caminhada surge uma torre de observação, ideal para os adeptos de birdwatching.

 

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