Vila do Conde: decoração feita em Portugal com materiais sustentáveis

A Casa Pura – DeCoração, em Vila do Conde, é uma loja-ateliê: muitos dos produtos que vende são de fabrico próprio (caso das almofadas, pufes e sacos de pano); grande parte do trabalho é feita por encomenda, com margem para a personalização. O espaço nasceu na zona dos Benguiados, mas há um ano mudou-se para a rua da Igreja, no centro histórico, onde funciona como showroom, além de ter um pequeno gabinete de projetos de decoração de interiores.

A loja arrancou há um par de anos, quando Helena Valadas, que foi visual merchandiser numa grande cadeia de fast fashion, decidiu ter um negócio próprio. “Os nossos critérios para trabalhar são dois: técnicas tradicionais e materiais sustentáveis”, conta aquela responsável, sublinhando que quase tudo é de produção nacional. Só esporadicamente vêm coisas do Gana e da Tanzânia.

A Casa Pura não tem loja online, mas continua a aceitar encomendas pela Internet e a mandá-las por correio, com portes gratuitos para compras de valor igual ou superior a 5o euros (exceto pequenos móveis ou objetos que pesem mais de 2,5 quilos). “A partir da próxima segunda, partilharemos os artigos disponíveis para envio, que terão um desconto de 30%”, revela Helena, que também faz entregas em mão, sem custos, em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e, uma vez por semana, na Maia e em Matosinhos.

Os têxteis são uma presença forte na loja, que dispensa materiais sintéticos. Há artesanato tradicional, cestaria, tapetes manuais, sem perder de vista um lado mais contemporâneo. Dá nas vistas a cadeira que incorpora trabalho manual, em estilo tapete ou cabedal. Produtos artesanais em linho, como os caminhos de mesa, têm bastante saída. Há sacos 100% de algodão, gaivotas de cerâmica, candeeiros de ráfia ou de sisal, peneiras decorativas que também funcionam como luminárias (com lâmpadas LED), alguns móveis recuperados e peças vintage.

A Casa Pura transmite tranquilidade, porque os tons são essencialmente claros e neutros, crus e naturais. Não por acaso, esclarece Helena: vivemos rodeados de tanta informação, que a certa altura nos sentimos melhor num ambiente mais tranquilo; além de que, “normalmente, as cores vêm de químicos que não são nossos amigos”.