Uma Lisboa mais ciclável: pedalar pelas novas ciclovias na cidade

O verão trouxe 26 novos quilómetros de ciclovias a Lisboa, alguns dos quais junto ao Parque Eduardo VII e Parque das Nações. Até 2021, outros trilhos vão nascer, para evitar que o ar da capital se torne “irrespirável”.

Uma Lisboa menos barulhenta, mais limpa, amiga do ambiente e saudável. O futuro da capital vai também passar por aqui, e alguns desses passos já começam a ser dados, acelerados pela necessidade de um maior distanciamento, do alívio nos transportes públicos e da aposta em atividades ao ar livre.

O verão trouxe novas ciclovias à cidade, algumas em acrescento de outros troços já existentes, consequência dos programas “A Rua É Sua” e “Lisboa Ciclável”, que Fernando Medina criou para evitar que o ar de Lisboa fique “irrespirável”. Dos 105 quilómetros cicláveis que já existiam, acrescentaram-se mais 26. No fim do verão, prevê-se que chegarão mais 30, e que se chegue a 2021 com uma rede total de 200 quilómetros.

A cereja no topo do bolo está a localização de alguns dos novos trilhos junto a espaços verdes, ideais para uma pausa nos pedais. No Parque das Nações, o percurso pede um programa em família ou entre amigos, sem pressas, por estarmos numa zona mais habitacional. A Avenida de Berlim ganhou uma nova ciclovia, que liga a Estação do Oriente ao Parque Vale do Silêncio, nos Olivais, unindo-se aqui ao trilho que já havia. Ao longo de mais de dois quilómetros, pedala-se ao lado de bancos de descanso, algumas esplanadas e a sombra de largos castanheiros, palmeiras e videiras. No sossegado jardim, há serviços de cafetaria, zona de merendas, pontos para exercício físico e campo de futebol e basquetebol.

A nova ciclovia da Avenida de Berlim junta-se, mais à frente, à ciclovia que já existia no Parque Vale do Silêncio, nos Olivais.

A Avenida Almirante Reis.

Já o Parque Eduardo VII, no coração de Lisboa, ganha novos corredores verdes em duas frentes, tanto na Rua Castilho como na Avenida Marquês da Fronteira, ganhando um sentido mais pragmático e permitindo percorrer esta movimentada zona da cidade de forma rápida. O mesmo efeito prático tem a ciclovia que reforçou agora a extensa Avenida Almirante Reis, que une os bairros do Martim Moniz, Intendente, Anjos e Arroios em tempo recorde. Espalhadas por várias zonas da cidade, a Avenida de Roma, de Ceuta, de Berna, Lusíada, Marechal Gomes da Costa e José Malhoa serão algumas das próximas artérias a ganhar um reforço sob duas rodas.

A ciclovia na Marquês da Fronteira, junto ao Parque Eduardo VII.

A Rua Castilho está mais ciclável.

 

Sugestões para uma pausa junto a estas ciclovias:

Piqueniques com dedo Michelin

A pandemia aguçou a criatividade de vários restaurantes. O Eleven tem novos menus de piquenique, para desfrutar no relvado do Parque Eduardo VII, onde está situado, com vista para a cidade e o Tejo. Mini quiches de espinafres, passas e caril e o gaspacho de tomate coração de boi e melancia são alguns das propostas de Joachim Koerper.

Eleven. Rua Marquês de Fronteira, Jardim Amália Rodrigues. Tel.: 213862211. Web: restauranteleven.com. Das 12h30 às 15h e 19h30 às 23h. Encerra domingo. Preço: menu de piquenique a 35 euros/pessoa.

 

Baos e cocktails de autor

Foi um dos primeiros bares a reabrir junto à Almirante Reis, no pós-confinamento, juntando agora os seus já conhecidos cocktails de autor, como o veranil Paixão, com mezcal cozinhado com tomilho, licor de ervas, maracujá e toranja. Os petiscos foram reforçados com baos e há preços mais baixos das 19h às 20h.

Café Klandestino. Rua do Benformoso, 256 (Intendente). Tel.: 910823651. Web: facebook.com/cafeklandestino. Das 17h às 00h. Encerra segunda. Preço: cocktails desde seis euros.




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